Diversos deputados destacaram, ontem, a data que marcou os 51 anos da implantação do Regime Militar no País, dia 31 de março de 1964, variando entre críticas à violência praticada pelo Estado no período e elogios ao impedimento da instalação de um modelo comunista no Brasil.
O assunto foi iniciado antes mesmo do primeiro pronunciamento do dia: enquanto o deputado Professor Teodoro (PSD) aguardava autorização da Mesa Diretora para utilizar a tribuna, Ely Aguiar (PSDC) pediu questão de ordem para destacar a data em que foi implementado o "golpe militar para salvar o Brasil dos comunistas" e acabou suscitando comentários de outros parlamentares, entre os quais o presidente da sessão, Manoel Duca (PROS).
"Me parece que a História está sendo esquecida. O regime militar foi um remédio extremamente amargo, mas livrou o Brasil do comunismo, que é um movimento perverso", disse Ely. Em consonância com o colega, Duca comentou que o período aconteceu a pedido do povo para evitar a "cubanização" do País.
Welington Landim (PROS), por sua vez, afirmou que o período representa um grande equívoco para a história brasileira. Fernando Hugo (SD) disse que antes de qualquer julgamento de valor, o 31 de março é uma data histórica. Carlos Felipe (PCdoB) afirmou que o mundo de hoje não admite mais ditaduras. E Elmano foi na mesma linha.