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Deputado sofre com novo cargo - QR Code Friendly
Segunda, 23 Março 2015 04:55

Deputado sofre com novo cargo

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Osmar Baquit revelou que ainda tem tentado se adaptar à morosidade inerente a algumas das atividades como gestor Osmar Baquit revelou que ainda tem tentado se adaptar à morosidade inerente a algumas das atividades como gestor FOTO: FABIANE DE PAULA
  A formação do secretariado do governador Camilo Santana contemplou a escolha de quatro deputados estaduais, Ivo Gomes (PROS), Jeová Mota (PROS), Mirian Sobreira (PROS) e Osmar Baquit (PSD). Depois de 16 anos como deputado estadual, Osmar Baquit assumiu o cargo de gestor público pela primeira vez ao ser nomeado como o titular da Secretaria da Pesca e Aquicultura, mas o parlamentar licenciado da Assembleia Legislativa revelou as dificuldades que ainda tem sofrido para tentar se adaptar à burocracia comum às responsabilidades da função e aos ajustes econômicos que reduziram a capacidade de investimento da Pasta. A falta de celeridade em processos de captação de recursos para a execução dos projetos tem, segundo Osmar Baquit, sido o principal problema enfrentado por ele no novo cargo. De acordo com o secretário, o maior choque de realidade entre a função que ele ocupava na Assembleia e o trabalho a frente da Secretaria foi compreender como a execução de projetos voltados para situações de urgência podem durar até mesmo três ou quatro meses. "A burocracia é muito grande. Muitas vezes você está com o dinheiro, vendo aquela mercadoria, sabendo que o preço é o melhor que tem, mas tem ainda todos os trâmites. Não é só a concorrência, porque essa é legítima, mas demora tantos dias para o prazo, publica. Depois o outro tem tantos dias para contestar. Depois dali, quando você pensa que está tudo terminado, vai para a Procuradoria homologar. Existem vezes que você demora três ou quatro meses para fazer uma coisa que é urgente", reclamou o secretário. Osmar Baquit explicou que os mecanismos permitidos para acelerar qualquer projeto voltado para situações emergenciais, como a modalidade da dispensa de solicitação, também não são os mais indicados por suscitarem dúvidas sobre a legalidade. Margem "Se você pede dispensa de licitação, o Tribunal vem em cima. Não é a melhor prática que tem. Muitas vezes a dispensa de licitação dá margem para imaginar que existem outros negócios escusos dentro dela. A burocracia prejudica muito o andamento de um governo. O que mais chocou para mim é que você vai daqui para Brasília ter uma reunião e, às vezes, você está vendo a fonte de recursos para fazer um financiamento, mas ainda tem que passar por outro setor. Ou seja, é muita burocracia, mas infelizmente é o sistema", pontuou. O secretário ressaltou que a burocracia se torna ainda mais grave neste cenário de ajustes econômicos. Osmar Baquit revelou que, assim como em todos outros setores do Governo do Estado e Governo Federal, a Secretaria da Pesca e Aquicultura tem sofrido com os obstáculos para assegurar recursos que seriam destinados à Pasta. "Existia já um orçamento anterior com cortes e coincidiu, por conta da seca, de ter mais um corte de 25%. Não foi somente aqui. Então, a gente tem que se adequar. Agora isso não quer dizer que eu vou ficar aqui achando que está bom, fazendo apenas o arroz com feijão. Nem o governador acha bom isso. Eu vou ter que ter competência e também esperar que esse quadro mude. Você está vendo a Petrobras tentando se organizar, a própria presidente da República cortando os recursos, você está vendo o Fundo de Participação dos Estados caindo em 2015. Como é que isso não afeta?", esclareceu o deputado licenciado da Assembleia. Osmar Baquit argumentou, no entanto, que tem tentado buscar alternativas para garantir o bom funcionamento da Secretaria. "Entendo que, nesse primeiro momento, é um momento de dificuldade para todo mundo. Eu não vou ficar aqui reclamando que o meu orçamento é pequeno. Eu estou atrás de me adequar e de ir atrás de investimentos com outros setores, como bancos e o próprio Ministério da Pesca", explicou. Para enfrentar a burocracia, Osmar Baquit assegurou que tem procurado ser mais incisivo na cobrança por maior celeridade na tramitação dos projetos de interesse da Pasta. "Essa burocracia, infelizmente, existe e a gente tem que conviver com ela. Como estou conseguindo sobreviver com isso? Eu sou chato nesse aspecto. Por exemplo, quando você vai fazer o projeto de uma estrada, faz a licitação e um empresa tal ganhou, mas é preciso de um fiscal para acompanhar aquela obra. Se você não for atrás, vai passar um dia, vai passar 10 dias, vai passar 20, 30. Quem precisa ir atrás é o secretário", acrescentou Osmar Baquit. Político Incluído na lista de secretários nomeados por Camilo Santana, principalmente, pelo critério político, Osmar Baquit garantiu que tem tentado se afastar dessa marca. "Quando eu cheguei aqui, a primeira coisa que disse foi que política eu faço na Assembleia. Aqui é trabalhar. É tanto que todos os coordenadores que estão na Secretaria já eram daqui. Não estou falando de um, mas de todos. Não trouxe ninguém de fora. Não quero fazer politicagem aqui", frisou o deputado estadual. O temor de relacionar o novo cargo com a atuação política fez, segundo Osmar Baquit, ele até se omitir da movimentação em torno da criação do PL no Ceará. "Eu estou fora dessas articulações políticas, porque estou com a confiança do governador de exercer um cargo administrativo. Eu não quero misturar Secretaria com política. Nesse momento eu não vou fazer isso", destacou o secretário. Na semana passada, porém, Baquit participou da sessão na Câmara Federal para prestar solidariedade ao ex-ministro Cid Gomes, chegando a ser retirado da galeria da Casa por ter se exaltado. Quanto à reforma administrativa, que garantirá à Secretaria da Pesca e Aquicultura também a responsabilidade sobre a agricultura, Osmar Baquit esclareceu que já foram definidas as novas competências para que não haja um choque com as demandas da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). "As pessoas estão com a ideia de que aqui é apenas a pesca e aquicultura, mas a agricultura irrigada vem para cá, a agricultura de sequeiro. O que ficou combinado é que aquilo que se trata do pequeno (agricultor) familiar é da SDA. O que se trata do médio e do grande é aqui", afirmou o secretário. Alan BarrosRepórter
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