Um bom começo
Ontem, depois de um ano e meio, o plenário da Assembleia Legislativa aprovou, finalmente, e por unanimidade, PEC do deputado Heitor Férrer (PDT), proibindo, a partir de agora, a nomeação de pessoas donas de “ficha suja”, para quaisquer cargos no Executivo, Legislativo e Judiciário, o que inclui secretários, presidentes de estatais, listas tríplices de nomes para o TCE, TCM, PGJ, TJCE etc. Trata-se de uma atitude histórica da AL, e que teve o empenho do próprio presidente da Casa, deputado Roberto Cláudio, para quem não se pode atribuir todos os males da gestão pública apenas a presidentes, governadores, prefeitos e legisladores. Ou seja, muita gente a quem são confiados cargos de responsabilidade, enlameia, com atos indignos, funções que deveriam honrar, e prejudicando a Nação e a sociedade. Tendo em vista a importante matéria aprovada, já dá para imaginar o trabalho que terão os governantes, para realizarem um trabalho eficiente de levantamentos de fichas daquele a quem pretendem nomear. Depois de muito “leite derramado”, surge a possibilidade real de uma sensível diminuição das improbidades no serviço público. Na sequência, as atenções agora se voltam para outro setor crucial para a moralização da gestão pública: os partidos políticos. Sim, porque, segundo o Ministério Público Eleitoral, a tarefa de escoimar maus elementos dos partidos, não depende da Justiça, mas deles próprios. Para muitos partidos, será um grande “sacrifício” vetar a filiação de indivíduos com gordas contas bancárias, mas sem condições éticas e morais para participar de uma agremiação política. Entretanto, os resultados só poderão ser positivos. Um partido que não aceita corruptos, está livre de vê-los depois cassados, ou até levados para detrás das grades.
• Termo. Para o deputado Fernando Hugo (PSDB), os partidos políticos estão no dever de assinar termo de compromisso, pelo qual, fecham suas portas a oportunistas e corruptos.
• Não entram. Confirmado: mesmo que o PV de Fortaleza já tenha fechado aliança com o PT, os deputados Roberto Mesquita e Augustinho Moreira não entram nesse “embalo”.
A propósito...
...do deputado Roberto Mesquita, ele mexeu em vespeiro quando, na sessão de ontem da AL, bateu muito pesado no ex-deputado Ciro Gomes a quem chamou de “desocupado”, e advertindo governador Cid, de que o mano dele “precisa mesmo é ser internado”.