Lideranças que trabalham na criação do Partido Liberal (PL), aqui no Ceará, já pensam na estreia da futura legenda nas urnas. Caso esteja reconhecido em 2016, a sigla entrará na disputa pela Prefeitura de Fortaleza. A previsão é do presidente da comissão provisória do partido no Ceará, Aramicy Pinto, que assegurou que o grêmio em formação já tem nomes para concorrer ao pleito.
Se for confirmado na disputa, o PL deve enfrentar legendas como o Pros, que trabalhará pela reeleição do prefeito Roberto Cláudio. Além dos nomes de oposição como Eunício Oliveira ou Capitão Wagner cotados pelos aliados de PMDB e PR para o pleito, assim como o PDT, que pode trazer o deputado Heitor Férrer, tendo em vista o parlamentar já ter confirmado o desejo de concorrer às eleições, conforme adiantou o jornal O Estado, na edição de ontem (27).
Nacionalmente, a criação do partido é articulada pelo presidente nacional do PSD, e ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Para a criação da legenda, o Tribunal Superior Eleitoral direciona que sejam angariadas, pelo menos, cerca de 500 mil assinaturas. No Ceará, o processo de coleta de assinaturas começou ainda no ano passado.
Segundo Aramicy, a situação do partido no Ceará está em fase “embrionária”, mas sempre seguindo orientação de Kassab. “A meta no Ceará é atingir, até o próximo dia 15 de março, 15 mil assinaturas”, afirma, ressalvando ainda que: “Creio que nós vamos conseguir isso, porque o apelo do partido é bem favorável rumo ao crescimento”, arrisca.
IDEOLOGIA
Responsável pela criação da sigla no Ceará, Aramicy observa ainda que, pelo fato de o partido não ter uma ideologia “radical”, está facilitando para que seja possível conseguir um número maior de assinaturas. Além disso, ressalta que o momento político que o Brasil está enfrentando, com as denúncias de corrupção, favorece o apoio da sociedade. Ele também destaca que, após as eleições para as presidências do Senado da República e da Câmara Federal, no próximo domingo, as adesões devem aumentar.
“O PL não veio para combater nenhum partido, mas sim fortalecer a democracia”, disse, pontuando que o partido está aberto para aceitar adesões, desde que elas não sejam conflitantes para evitar desgastes e desentendimentos. Aramicy pondera que, evitando esse tipo de problemática, o partido pode acomodar lideranças importantes no Ceará, que não estejam satisfeitas no partido a que estão filiadas.
PARCERIA
Com relação ao apoio da legenda ao governo de Camilo Santana (PT), o articulador do PL, afirma que, caso as lideranças do ex-governador Cid Gomes, atual ministro da Educação, migrem para o partido, isso será possível. “Caso isso ocorra, o PL vai ter um diálogo muito importante com o novo governador, para que ele tenha condição de fazer uma administração à altura das necessidades”, pontua. O PL deve abrigar políticos da oposição, esvaziando partidos como PSDB, DEM e PMDB.