O governador Camilo Santana (PT) anunciou, ontem, a nova cúpula de segurança pública do Estado. O ex-comandante geral da Polícia Militar do Ceará, Lauro Carlos de Araújo Prado, será o novo secretário-adjunto da Secretaria da Segurança Pública e de Defesa Social (SSPDS), auxiliando diretamente o titular da Pasta, Delci Teixeira. O cargo de secretário-executivo, será ocupado por Odécio Rodrigues Carneiro. O governador anunciou também os principais cargos da Polícia Militar do Ceará, Superintendência da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Perícia Forense e Academia Estadual de Segurança Pública. Os nomes serão publicados no Diário Oficial de hoje. ESCALÃO A Polícia Militar terá, em seu comando, o coronel Geovani Pinheiro da Silva. Já o cargo de comandante-adjunto da PM será ocupado pelo coronel Hervano Macedo Júnior. O secretário-executivo ainda não foi definido. Na Superintendência da Polícia Civil, o governador empossará Raimundo de Souza Andrade Júnior, como delegado-geral. O delegado-geral adjunto será Marcus Vinícius Saboia Rattacaso. No comandante-geral do Corpo de Bombeiros, o coronel João Carlos de Araújo Gurgel estará na linha de frente; enquanto o comandante-geral adjunto será o coronel Heraldo Maia Pacheco e o secretário-executivo: coronel José Hélcio Costalima de Queiroz.Na Perícia Forense, o perito-geral será Maximiliano Leite Barbosa Chaves; perito-geral adjunto: Adilina Feitosa; e secretário-executivo: Luciana Santos Lustosa da Costa. Na Academia Estadual de Segurança Pública, a direção geral ficará por conta do coronel da PM José Herlínio Dutra; e o secretária-executiva: Maria Eliane Gondim Barbosa. CAPITÃO WAGNER O deputado estadual Capitão Wagner (PR), que, ontem, reuniu-se com Camilo Santana e a acompanhou o anúncio da nova cúpula no Palácio da Abolição, reverberou ao jornal O Estado que, na ocasião, o governador afirmou que o secretário de Segurança Pública preferiu, a priori, aproveitar maior parte da cúpula, haja vista estarem tocando os órgãos, e uma mudança geral poderia trazer problemas nas políticas que estão sendo desenvolvidas. “Acho que foi coerente, e mais coerente foi o governador dar autonomia para o secretário fazer suas escolhas”, disse Wagner, dando “boa sorte” à nova composição. CONTINUIDADE A palavra “coerência” também foi reverberada pelo sociólogo e especialista em segurança pública, Ricardo Moura, ao analisar a cúpula divulgada pelo Governo do Estado. Para o estudioso, é importante que Camilo e o novo secretário de Segurança Pública, Delci Teixeira, mantenham a continuidade do trabalho, para não começar nada do zero. “Isso é o que se espera na política de segurança, que é uma política de longo prazo, que precisa de sete a oito anos para começar a apresentar resultados”, destaca, frisando as políticas desenvolvidas atualmente pela Pasta como monitoramento dos dados, promoções, prevenções e avaliações de indicadores. DIÁLOGO Para o especialista, o Estado só poderá ter noção do “rosto” da gestão de Camilo Santana, daqui a pelo menos 11 meses. Quanto à questão da abertura de diálogo em que o governador está buscando com Polícia Militar, que, desde 2012, sofre com um processo de desgaste, em razão de uma greve por parte da corporação, Ricardo Moura frisa ainda que a atitude de Camilo, é uma forma de iniciar a gestão com uma certa “tranquilidade institucional”, sem passivos da gestão passada. “Ele sabe, por exemplo, que o Capitão Wagner tem uma boa interlocução no interior da Polícia Militar e, agora, na Assembleia Legislativa. Então, ele, como gestor maior precisa desse diálogo, que não quer dizer que ele deverá concordar com tudo”, diz. POLÍCIA CIVIL O estudo ainda faz ressalvas quanto à abertura de diálogo com Polícia Civil. “Ele precisa também, de modo urgente, buscar o mesmo diálogo com a Polícia Civil, porque senão corre o risco de ele dar mais ênfase a uma força do que a outra, o que não é bom”, finaliza. Rochana Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.