Apesar de se estar aproximando o prazo para que o governador eleito, Camilo Santana (PT), divulgue o seu secretariado, dia 15, conforme disse, ainda é uma incógnita, os nomes que serão apontados. Há pelo menos duas semanas, o assunto está sendo silenciado, principalmente na Assembleia Legislativa, onde alguns parlamentares poderão ser aproveitados. O deputado Tin Gomes (PHS) arrisca que, até o natal, será revelado os titulares de algumas pastas, mas só após o dia 25, é que o governador petista deverá revelar a nova composição do governo.
“Camilo Santana já iniciou a conversa e já conversou com mais de 10 partidos, não foram conversas que estavam determinando o que seria, mas uma conversa de agradecimento para reforçar que queria continuar junto e que queria ter a participação dos partidos no seu governo”, atesta.
Na semana passada, entre os dias 4 e 5, Camilo conversou reservadamente com o representante de cada partido, o presidente do PT, De Assis Diniz, foi o primeiro a ser ouvido. “O importante é que o governador está reconhecendo a força que os partidos têm em seu governo e quer manter essa força durante a sua administração”, frisou.
De acordo com Tin Gomes, o diálogo também foi referente ao apoio que o petista deverá ter da Assembleia Legislativa do Ceará, em virtude de que, no quadriênio 2015/2019 – uma grande base aliada ajudará Camilo a administrar o Estado, apoiando matérias do Executivo.
SARTO NA SAÚDE
Na sessão de ontem na Assembleia Legislativa, a deputada Eliane Novais (PSB), ao proferir denúncias contra os ambulatórios do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) que atendem 970 pacientes soropositivos, por estarem de portas fechadas, apontou que, se o deputado José Sarto (Pros) assumisse a pasta, a realidade da saúde pública seria modificada. “Sarto tem condições de trazer mudanças”, disse na tribuna, afirmando ainda que não apoia o petista, mas Camilo precisará ter voz em seu Governo.
MESA DIRETORA
Sobre a eleição da Mesa Diretora, Tin Gomes reverberou que “a única certeza que existe é a recondução do presidente José Albuquerque (Pros) para a Presidência”. Segundo o parlamentar, todas as outras vagas serão definidas com diálogo com cada bloco, juntamente com o presidente José Albuquerque (Pros). “Quanto à questão da mulher da Mesa, ela já pode participar, sem a necessidade de fazer uma lei para isso”, afirmou. Segundo Tin, é preciso que a parlamentar tenha “voz” no seu partido. “A Mesa não pode pinçar daquele bloco e dizer que vai ser determinada deputada. A deputada é que tem que ter envolvimento e liderança dentro do bloco, para ser a indicada e compor a Mesa”, defendeu.