O próximo governador e o ex-presidente: balanço eleitoral
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O governador eleito Camilo Santana (PT) se encontrou na manhã de ontem com o ex-presidente Lula, no instituto que leva seu nome, em São Paulo. Os dois conversaram, por cerca de uma hora, sobre o cenário político resultante das eleições de outubro, segundo a assessoria de Camilo.
“Lula está atento a todos os movimentos da política nacional. Sabe a importância da vitória da Dilma e mais ainda sobre o que ela representa para o futuro do Brasil”, disse o futuro governador, o primeiro que o PT elege no Ceará, fato destacado por Lula.
O ex-presidente é presença esperada na primeira reunião do Diretório Nacional do PT depois da reeleição de Dilma Rousseff, que será realizada em Fortaleza, nos próximos dias 28 e 29, com participação da presidente.
Depois da vitória, Camilo já havia se encontrado com Dilma em Brasília em duas ocasiões. Na primeira, acompanhado do governador e cabo eleitoral Cid Gomes (Pros). Na segunda, como parte do grupo de petistas eleitos em todo o Brasil em outubro.
O futuro governador deve voltar a Fortaleza nesta quinta-feira e retomar conversas sobre a transição da gestão Cid para a sua, processo que ocorre sob discrição das partes envolvidas.
Aliados de Camilo têm evitado detalhes sobre os nomes que compõem a equipe e informações relacionadas, como possíveis integrantes do futuro secretariado.
“O Camilo ainda não abriu esse debate para todas as forças. As conversas estão sendo preliminares”, disse ontem um político próximo, sem citar quais são os partidos representados nesses encontros, que têm acontecido no Palácio da Abolição, na casa de Camilo e em hotéis da Capital.
Dirigentes de legendas aliadas afirmaram ontem que a última reunião que tiveram com o governador eleito foi em 31 de outubro, quando o petista anunciou a criação de um conselho político para auxiliar a administração.
“Depois desse dia não tivemos mais nenhum contato com ele”, disse o presidente do PCdoB do Ceará, Luis Carlos Paes.
“Pelo que sei, o processo de transição ainda não se iniciou oficialmente. Não há razão para pressa, até porque será uma transição tranquila, de continuidade”, afirmou o deputado federal André Figueiredo, presidente estadual do PDT.