Dois projetos de decreto legislativo que autorizam o governador Cid Gomes (Pros) a tirar duas licenças de sete dias entraram em pauta de votação nesta quinta-feira, 6, na Assembleia. O problema é que ambas as licenças já foram tiradas no mês passado, quando Cid se ausentou do governo para trabalhar na campanha de Camilo Santana (PT) nos 1º e 2º turnos da eleição.
Em meio à sessão tumultuada pela presença do governador eleito Camilo Santana e de bate-boca entre deputados, a votação das licenças acabou adiada para a semana que vem. Apesar disso, o governador já está de volta ao cargo desde o último dia 27 de outubro – após o 2º turno.
Questionado pelo O POVO sobre a razão de estar votando as licenças somente agora, o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros), afirmou que a Casa estaria apenas “oficializando” uma permissão que já existe. “O governador já tem licença o ano todo para se ausentar. Apenas o dia que ele vai que ele comunica à Assembleia”, diz.
Ele diz se basear em projeto aprovado pela Casa no início de 2014, que permite ao governador que se ausente do Estado em viagem sem pedir autorização prévia. A mensagem citada por Zezinho, no entanto, é bem específica quando se refere a “viagens” do governador. Licenças por motivo particular ou político não estão incluídas no texto aprovado no Legislativo.
Ao todo, Cid tirou licenças entre os dias 29 de setembro e 5 de outubro – uma semana antes do 1º turno – e entre os dias 21 e 26 de outubro. A ideia era se dedicar na campanha de Camilo Santana. Na época, ele foi muito criticado pelo seu adversário, Eunício Oliveira (PMDB), que o acusou de “abandonar o Estado para fazer política”.
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