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Segunda, 03 Novembro 2014 06:28

No estados, PSDB terá mais verbas de investimento; PMDB lidera dívidas

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  Maior partido da oposição, o PSDB também terá, no próximo ano, o maior volume de recursos para realizar investimentos nos Estados, de acordo com as previsões orçamentárias para 2015. Ao mesmo tempo, as dívidas em outros Estados têm comprometido os investimentos. Governadores se queixam de que o pagamento dos juros consome boa parte do orçamento, e as obras só podem ser bancadas com novos empréstimos. O PMDB será o partido com a maior dívida proporcional: ela representa 78% da receita nos sete Estados que serão administrados pela sigla. Juntos, os cinco governadores eleitos pelo PSDB terão R$ 24,5 bilhões para aplicar, por exemplo, em obras de infraestrutura e construção de hospitais ou escolas. Em segundo no ranking está o PMDB, com sete governadores e R$ 18,8 bilhões. Depois, aparece o PT, com cinco eleitos e R$ 18,2 bilhões. Entre investimentos previstos em gestões tucanas, dois terços, ou R$ 16,3 bilhões, estarão com Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Apesar de ter a maior arrecadação de todos os Estados, estimada em R$ 204,6 bilhões, Alckmin destinou menos de 8% do Orçamento para investimentos no próximo ano. O valor fica abaixo da média nacional, de 13%. Para o especialista em políticas públicas Ricardo Gaspar, da PUC-SP, o investimento está abaixo do considerado ideal, que seria em torno de 15% do Orçamento. “Tendo em vista os desafios relacionados à crise da água e o que isso implica em termos de investimento, como a abertura de novos reservatórios e linhas de adução, é um patamar baixo”, afirma. O governo de São Paulo afirma que o Estado triplicou sua capacidade de investimento desde 2003 e que, se considerados valores de inversões financeiras (aquisição de patrimônio), projetos em custeio e aplicações de empresas não dependentes do Tesouro, os investimentos chegariam a 13%. Essas despesas, porém, não são consideradas como investimentos. Goiás, governado pelo reeleito Marconi Perillo (PSDB), definiu estradas como prioridade, e quase metade dos investimentos irão para a pasta de Infraestrutura. O setor de transportes também foi priorizado no Rio de Janeiro, que terá o maior investimento entre as administrações do PMDB. Estão previstos R$ 2,9 bilhões para ampliação do metrô e R$ 924 milhões para a urbanização de comunidades. Minas e Ceará Minas Gerais, que será pela primeira vez governado pelo PT, tem sustentado seus investimentos com financiamentos. No ano que vem, os empréstimos bancarão 38% deles, segundo o governo. Um empréstimo em negociação com o BID, por exemplo, deve garantir R$ 160 milhões para segurança pública em 2015. O governador eleito Fernando Pimentel (PT) criticou a estratégia, por aumentar o endividamento do Estado. “É como se Minas tivesse caído na armadilha do cheque especial. Vive no rotativo”, disse em campanha. Outro Estado onde o PT governará pela primeira vez, o Ceará é 5º lugar em volume de investimentos. Camilo Santana deverá aplicar os R$ 4,9 bi sobretudo em saúde, educação e segurança ­suas bandeiras de campanha. (Folhapress) Alckmin Geraldo Alckmin terá R$ 16,3 bilhões para investir em São Paulo a partir de 2015 Perillo Marconi Perillo definiu estradas como prioridade. Metade da verba irá para a pasta de Infraestrutura Pezão Setor de transportes também será priorizado pelo governador Fernando Pezão (PMDB) Pimentel Empréstimos bancarão 38% dos investimentos no governo de Fernando Pimentel (PT), em MG Camilo Camilo Santana deverá aplicar os R$ 4,9 bilhões sobretudo em saúde, educação e segurança Sartori Ivo Sartori terá apenas 4% do Orçamento para investir em 2015 no Rio Grande do Sul Saiba mais DÍVIDAS No Rio Grande do Sul, o Estado mais endividado do país, o governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) terá apenas 4% do Orçamento para investir em 2015. A nova gestão irá pleitear a redução dos juros e o aumento do prazo para retomar a capacidade de investimento. O especialista em contas públicas Amir Khair avalia que os futuros governadores terão que buscar saídas criativas para poder investir, como as parcerias público-privadas e melhorar a gestão. “É perfeitamente possível ter melhor gestão das despesas dos Estados, ou seja, com os mesmos recursos, conseguir fazer muito mais”.
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