Coligados ao partido do senador Eunício Oliveira (PMDB), derrotado por Camilo Santana (PT) nas urnas no último dia 26, as demais agremiações que fizeram parte da coligação Ceará de Todos começam a definir quais rumos deverão tomar daqui para frente. Dos nove partidos, pelo menos dois, PSC e DEM, irão apoiar o novo governador eleito.
Os partidos ainda vão se reunir com os filiados, até o final do ano, para maiores definições. De acordo com o deputado federal Genecias Noronha, presidente do Solidariedade (SD), uma reunião com lideranças do partido será marcada para a próxima semana para discutir as estratégias da agremiação. Embora estivesse coligado ao grupo se Camilo, o SD mudou de lado no primeiro turno e passou a apoiar Eunício.
Segundo o presidente da sigla, será feita na reunião uma avaliação do resultado das eleições e estratégias serão traçadas. Dois deputados estaduais foram eleitos: Aderlânia Noronha e Lucílvio Girão, este último continuou apoiando o Governo na campanha. "Nós votamos no Eunício, temos que nos comportar como tal. Vamos nos reunir para buscar as opiniões", afirmou Genecias.
O PSDC irá tratar dessas questões no encontro nacional do partido em Maceió, em novembro, segundo o deputado Ely Aguiar (PSDC), presidente estadual da agremiação. De acordo com o parlamentar, serão levados os diagnósticos de todos os estados para o encontro e somente lá será decidida qual a posição o PSDC vai tomar no Ceará.
Livre
Já o presidente do PTN, Toinho do Chapéu, afirmou que o compromisso do partido com Eunício Oliveira terminou no dia 26 de outubro e está livre para fazer novos acordos. Segundo afirmou, ele só deverá se reunir com partidários em dezembro. "Não sei se Eunício tem interesse em manter o grupo dos partidos da coligação. Se eles me chamarem, vamos saber o que pretendem fazer dentro do novo processo. Mas vamos estar à disposição do governador, se ele quiser o chamar o partido", apontou.
Representantes do PSC e do DEM, Wellington Saboia e Moroni Torgan, participaram ontem da reunião de líderes partidários com Camilo Santana. No segundo turno, o PSC mudou de lado e declarou apoio à candidatura governista. Desde o início da campanha, Moroni Torgan deixou claro que estava na coligação de Eunício por imposição da direção nacional do partido. Até o fechamento da matéria, o Diário do Nordeste não conseguiu entrar em contato com os presidentes do PR, PPS, PSDB e PSB.