A primeira sessão da Assembleia Legislativa depois do primeiro turno das eleições iniciou com um misto de alívio e decepção para os 28 deputados que compareceram ao trabalho ontem. Isso porque 24 dos 46 parlamentares não conseguiram atingir os votos necessários e ficarão de fora da nova composição da Casa. O presidente do Legislativo estadual, Zezinho Albuquerque (PROS), comemorou o resultado individual, mas lamentou que alguns colegas não tenham conseguido renovar o mandato.
No início da sessão, o deputado Mauro Filho (PROS) explicava aos colegas o porquê de não ter ganhado as eleições para senador. Já o deputado Júlio César Filho (PTN) afirmou que o momento é de "garantir a eleição de Camilo" ao Governo do Estado, ao que foi repreendido por Lula Morais (PCdoB).
"E a da Dilma também, porque se você não apoiar os dois, não vai valer de nada", disse Lula Morais, que não conseguiu se reeleger e ficou cabisbaixo no início da sessão, digitando mensagens no celular.
Zezinho Albuquerque chegou cedo e cumprimentou os colegas. Ele destacou que a renovação do Legislativo do Ceará, que atingiu mais de 50%, foi pequena, levando-se em conta que alguns deixaram de ser candidatos e outros disputaram outras vagas no pleito.
"Essa oxigenação na Casa é muito importante, mas aqueles que não conseguiram se eleger não foram desaprovados pela sociedade. Eles tiveram muitos votos, mas aqui só temos 46 vagas", minimizou Albuquerque.
Solidariedade
Mário Hélio (PMN) e Fernando Hugo (SD), que também não tiveram sucesso nas urnas, compareceram à sessão. Os dois receberam a solidariedade de colegas e apoiadores de campanha. Já Osmar Baquit (PSD) comemorava a reeleição para a Casa.
Adail Carneiro, primeiro representante do PHS na Câmara Federal a partir de 2015, esteve na Casa e conversou sobre metas para os próximos anos. Téo Menezes (DEM) e Professor Teodoro, sem êxito na reeleição, foram à Assembleia. Já Vanderley Pedrosa (PTB), que não se candidatou, comemorou a eleição do filho, Bruno Pedrosa, pelo PSC.