• Encerrada mais campanha eleitoral, qualquer balanço que se faça, leva a se constatar que acabamos de participar de mais um festival de maus exemplos, dados por quem deveria ensinar a praticar a verdadeira democracia. Os procedimentos da maior parte dos que fazem a nossa política, não avançaram nada, apesar de todos os avanços, inclusive do sistema eleitoral com a chegada das revolucionárias urnas eletrônicas. Infelizmente, tal avanço não é acompanhado pelos procedimentos dos responsáveis pela política. Para o jurista Djalma Pinto, mestre em Direito Eleitoral, um ponto fundamental para melhorar o nível das campanhas, seria uma maior responsabilidade dos partidos quando da escolha dos seus candidatos, com o que, no mínimo estariam respeitando quem mais merece, ou seja, o eleitorado. Tal situação é ainda muito remota, já que em muitos casos, não são os partidos que indicam candidatos, mas certos candidatos, donos do dinheiro, que se impõem aos partidos. Outro aspecto que piora o nível dos pleitos eleitorais foi destacado pelo Procurador Regional Eleitoral do Ceará, Dr. Rômulo Conrado. Segundo ele, um dos pontos mais condenáveis das campanhas, é a maneira como muitos políticos chegam e querem se manter no poder a qualquer custo. Na campanha-2014, um dos procedimentos condenáveis está na falta de ética de candidatos em todos os níveis, tentando derrubar os seus antagonistas com armas condenáveis: injúrias, calúnias, mentiras e outros. Vem aí um 2º turno federal com Dilma x Aécio, e estadual, entre Camilo x Eunício. Pode ser que vejamos candidatos vitoriosos sem terem que destruir seus concorrentes. Acreditar é preciso.