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Candidatos debatem propostas na TV - QR Code Friendly
Sexta, 03 Outubro 2014 07:20

Candidatos debatem propostas na TV

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  Os quatro candidatos ao Governo do Estado enfrentaram-se pela última vez, ontem, em mais um debate na TV, antes da eleição que ocorrerá neste domingo (5). Ao todo, desde o início da campanha eleitoral, foram promovidos seis debates no palanque eletrônico. Apesar do clima de acirramento, os candidatos aproveitaram a maior parte do tempo para debater propostas. Do lado de fora da TV Jangadeiro, emissora que promoveu este último encontro, os militantes dos candidatos trocaram insultos. Um grupo do Batalhão de Choque da Polícia Militar acompanhou todo o movimento. Apesar dos ânimos efervescidos, não houve confrontos entre os militantes. As trocas de insultos e farpas nos debates deram-se, principalmente, na reta final. O candidato Camilo Santana abriu a rodada de perguntas no programa. Ao questionar a candidata Eliane Novais (PSB) sobre a sua opinião na área de saúde, especificamente sobre exames e consultas com especialistas, o candidato e a atual gestão foram alvo de críticas. “Eu não vou entregar a Secretária de Saúde, como o governador Cid, fez a nenhum partido político, tanto ao PCdoB, como ao seu irmão Ciro Gomes”, disse apimentando o debate e criticando, ainda, que a atual gestão negou-se a ajudar os hospitais filantrópicos do Estado. “Nós vamos fortalecer e fazer convênios para que os hospitais, de fato, exerçam seu papel em vez de estar construir novos hospitais para manter”, disse. A candidata do PSB também questionou a construção das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), sem que fosse feito nenhum concurso público para a contratação dos médicos. Em defesa do governo, Camilo ressaltou que a Policlínica de Caucaia, inaugurada no final do ano passado, já foi responsável pelo atendimento de 40 mil pessoas e que, caso seja eleito, irá construir em parceria com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, mais seis policlínicas, uma em cada Regional, para diminuir a fila de espera. Grande patrimônio Na sequência, Eliane Novais questionou como Eunício Oliveira (PMDB) irá gerir o Estado, caso seja eleito, tendo em vista ainda ter que administrar o seu patrimônio de R$ 99 milhões. “O senhor é o candidato mais rico do Brasil, o seu patrimônio aumentou de R$ 36 milhões para R$ 99 milhões. Administrar esse patrimônio exige uma dedicação exclusiva [...] como é que o senhor vai administrar o Governo do Ceará e ao mesmo tempo administrar o seu patrimônio?”, questionou a socialista. Em resposta, o candidato do PMDB disse que estava afastado da gestão das empresas de segurança das quais é dono desde 1998 e rechaçou: “Agora, Deus me deu o dom de ser um bom gestor. Enquanto tive à frente, comprei e recuperei várias empresas e elas continuaram a dar resultados”, explicou, salientando a razão da “evolução patrimonial”, questionada durante a campanha por seus adversários. Drogas Indagado por Eunício Oliveira, sobre como pretende combater o avanço das drogas no Estado, Ailton foi crítico. “A maior droga, a maior injustiça, é esse modelo de desenvolvimento implantado no Ceará”, disse. Para o candidato é fundamental que se invista em políticas sociais, principalmente nas políticas públicas de juventude. “Normalmente, quando o Estado chega, ele só chega com a Polícia para repreender, ou seja, não chega com escola, posto de saúde, saneamento e, na periferia, chega com a ação policial”, complementou. Prestação de Contas Outro momento tensionado no debate foi quando Ailton questionou o petista Camilo Santana, sobre seus gastos de campanha. Ailton salientou que até a segunda prestação de contas, dos R$ 9 milhões arrecadados, R$ 5 milhões eram da empresa JBS, grande produtora de carnes do Brasil, onde alegou ser beneficiada pelo BNDES. “Camilo você é o candidato do agronegócio e não tem compromisso com o povo do Ceará?”, questionou. Camilo respondeu que, na atual gestão, foi secretàrio de Desenvolvimento Agrário, onde foi a primeira secretaria no Brasil a olhar para à agricultura familiar. “No Ceará, 75% das áreas rurais não tinham o documento da terra. Hoje, entregamos mais de 67 mil títulos”, defendeu-se. Camilo Santana afirmou que age sem irregularidades e dentro da lei, e que ao longo da campanha, foi “agredido de má-fé” e citou a polêmica dos banheiros. Dança das cadeiras Outro momento polêmico foi levantado por Ailton Lopes sobre as alianças partidárias. Lembrando que, até antes do pleito, Eunício Oliveira e Eliane Novais eram aliados do governador Cid Gomes. Ailton perguntou ao peemedebista se a “dança das cadeiras” é mais importante no arranjo político do que o eleitor. “Eu fiz uma aliança, que inclusive, não foi eleitoreira. Foi uma aliança para ajudar ao Ceará”, respondeu Eunício, salientando que, a partir da segunda gestão, o Governo havia se fechado para o diálogo. “E por não ter diálogo, tornei-me candidato de oposição”, disse. Temas relacionados à educação, moradia, segurança e seca foram debatidos.
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