Os candidatos a deputado federal Luizianne Lins (PT) e Eudes Xavier (PT) tiveram, ontem, as primeiras aparições no programa da coligação veiculado no horário eleitoral gratuito. As inserções foram ao ar após várias acusações dos candidatos de que o governador Cid Gomes, juntamente com a coordenação da campanha majoritária, teria sido responsável pelo veto.
Passado o impasse que gerou até representação no Tribunal Regional Eleitoral, ontem, a ex-prefeita e Eudes Xavier foram os primeiros candidatos apresentados pela coligação, apesar dos dois desobedecerem ao padrão adotado pelos demais postulantes da aliança.
Luizianne Lins destacou, neste primeiro programa, o período de oito anos em que ela esteve à frente da Prefeitura de Fortaleza. A ex-prefeita afirmou ter investido muito em políticas sociais voltadas para a maioria da população e ainda disse ter feito grandes obras que respeitaram o meio ambiente.
Luizianne Lins pediu voto apenas para a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da República, enquanto apenas uma inserção na tela fez referência a Camilo Santana.
Já Eudes Xavier se apresentou como deputado federal e comerciário disposto a lutar em Brasília pelo povo cearense. O petista pediu voto apenas para a presidente Dilma Rousseff, mas uma imagem presente na tela destacou a candidatura de Camilo Santana. Na primeira versão publicada na Internet pelo parlamentar, entretanto, não havia a referência à sucessão estadual.
No início da semana, os aliados de Luizianne Lins e candidatos a deputado estadual, Antônio Carlos e Elmano de Freitas, também tiveram as primeiras aparições no horário eleitoral.
TRE
A ex-prefeita chegou até a levar o caso ao TRE para solicitar a veiculação imediata dos programas no horário eleitoral. Num primeiro momento, o juiz auxiliar Carlos Oliveira rejeitou a representação, mas voltou atrás.
Em sua decisão, o juiz argumentou que, "se de um total de dez candidatos ao cargo de deputado federal pertencentes ao Partido dos Trabalhadores, oito já veicularam suas propagandas não apenas uma, mas por duas vezes seguida, torna-se inegável o prejuízo sofrido pelos agravantes, posto que foram os dois únicos preteridos" destacou.
De acordo com o magistrado, ficou evidente uma "desproporção", já que Luizianne Lins e Eudes Xavier ainda não tinham qualquer propaganda veiculada, enquanto outros candidatos já foram ao ar repetidamente.