Os candidatos ao governo do Ceará – Ailton Lopes (Psol), Camilo Santana (PT), Eliane Novais (PSB), Eunício Oliveira (PMDB) – receberão cobranças sobre propostas para solucionar os problemas da área da saúde. E que não são poucos: falta de estrutura, medicamentos até mesmo, longas filas de espera para cirurgias eletivas. A informação é do presidente do Sindicato dos Médicos, José Maria Pontes, informando que, a partir de setembro, as três principais entidades médicas do Estado - Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará, Conselho Regional de Medicina e Associação Médica Cearense – promoverá uma sabatina com os candidatos.
Dos quatro postulantes, o primeiro será o petista Camilo Santana. A reunião está marcada para o dia 2 de setembro, a partir das 19 horas, no auditório da Unimed. Os demais candidatos estão acertando datas e horários, que, segundo informado, serão divulgados posteriormente.
“Nós queremos saber qual o compromisso dos candidatos a governador do Ceará com a saúde e com a categoria médica para, depois, fazermos a cobrança daquele que for eleito”, disse, acrescentando que a saúde no Ceará, de modo geral, não está atendendo às demandas e, por isso, é preciso que o futuro governador inicie a administração com um novo programa. “As filas na saúde pública são quilométricas, as cirurgias demoram meses e até anos, os remédios são só promessa, e nós queremos ver se o próximo presidente da República muda esse quadro que, no momento, é temorizonte”.
Em Brasília, Pontes acompanhou reunião de trabalho da Federação Nacional Médica que tem escutado os candidatos que disputam a eleição. A entidade quer saber o compromisso dos candidatos à Presidência da Republica no pleito de 2014.
O primeiro a conversar com os médicos foi o tucano Aécio Neves que prometeu revolucionar a saúde. Entretanto, disse que respeitará os contratos do programa Mais Médicos, implementado em 2013, inclusive com aumento salarial, mas questionou a posterior contratação de profissionais estrangeiros para suprir as necessidades da população do País. Segundo Pontes, a classe médica, de modo geral, não apoia a reeleição da presidente Dilma Rousseff.