Apesar de estar coligado à chapa governista "Para o Ceará seguir mudando", o presidente estadual do Solidariedade (SD), deputado federal Genecias Noronha, anunciou ontem a adesão do partido à candidatura ao Governo de Eunício Oliveira (PMDB) e ao Senado de Tasso Jereissati (PSDB), da coligação "Ceará de Todos". O evento, que foi acompanhado por Eunício, Tasso, e o candidato a vice-governador Roberto Pessoa (PR), reuniu prefeitos, ex-prefeitos e lideranças aliadas a Genecias.
De acordo com o deputado, a mudança ocorreu devido o isolamento político imposto pela coligação governista a lideranças do Solidariedade. Ele afirma que prefeitos e candidatos proporcionais do partido não estavam sendo recebidos por representantes da coligação. "As pessoas (da campanha majoritária) venderam uma ideia e, quando chegamos lá, não foi aquilo que tinham para entregar", criticou, destacando que a decisão será seguida por 99% do partido.
Apesar de passar a pedir votos para Eunício, o Solidariedade continua a fazer parte da coligação que defende o nome de Camilo Santana (PT), de forma que o tempo de propaganda eleitoral no rádio e televisão do partido (28 segundos) continuam a pertencer à coligação governista. "O que conta numa campanha não é só rádio e televisão. O contato com as pessoas, as caminhadas (são mais importantes). Nos municípios distantes, o contato político conta mais do que a televisão", minimizou.
Na ocasião, Eunício disse estar "muito feliz" com o apoio do partido, destacando que foi procurado pelo SD, enquanto Tasso apontou que a candidatura ganha mais solidez. "Traz dois vetores fundamentais para uma eleição: um braço sindical importante para a nossa campanha, através do Raimundão; e uma das lideranças mais fortes do interior hoje, que é o Genecias, com todos os prefeitos e vereadores amigos dele que estão espalhados pelo Estado inteiro", avaliou o candidato. Para o deputado estadual Fernando Hugo (SD), o partido "esperou demais" para decidir seguir apoiando Eunício.
Nacional
Com a adesão do SD, a chapa de Eunício ganha mais um apoiador do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), mas o senador afirma que o novo apoio não deverá mudar em nada seu posicionamento de apoio à presidente Dilma Rousseff (PT). "O SD já votava no Aécio quando estava na coligação do outro lado. O Solidariedade continua na mesma posição de apoio, assim como meu partido e eu continuamos na mesma posição de apoio à Dilma", apontou.
Ele afirmou ainda ter conversado, por ocasião da missa em homenagem a Eduardo Campos (PSB), domingo, no Recife, tanto com a presidente quanto com o ex-presidente Lula (PT). "Lá, tive a grata surpresa de encontrar o (ex-)presidente Lula, que me chamou ao lado e tivemos uma excelente conversa. Depois recebemos a presidente Dilma.