Tudo pronto para mais uma campanha eleitoral no Ceará. Algumas escaramuças já se desenham no âmbito da Justiça Eleitoral, mostrando que, muito antes da verdadeira batalha das urnas muito trabalho será dado ao TRE, TSE, CNJ, MPF, MPE e PF. Trata-se, entretanto, de detalhes corriqueiros em quaisquer campanhas. Enquanto coordenadorias de campanhas ainda se movimentam na elaboração de estratégias a serem postas em prática, não só no campo da sucessão governamental, quanto para a disputa por cargos proporcionais, uma indagação vem sendo repetida em todos os municípios cujos eleitores terão a responsabilidade de eleger seu governante e seus representantes na Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e Senado. O que eles realmente poderão fazer pelo interior do Estado, onde quase todos os municípios encontram-se de “cofre raspado”, arrecadações ínfimas, e, o que é pior, ameaçados de nem terem melhorado o Fundo de Participação, quase fonte única de renda de muitos deles. Trata-se de uma situação que está a exigir muita cautela e sensatez da parte de quem vai lutar pelos votos dessa gente. É claro que, para muitos, essa será apenas mais uma “grande festa da democracia”, e, para vendedores e compradores de votos, mais “uma farra”, que ocorre a cada eleição. Entretanto, para a esmagadora maioria dos eleitores de vergonha, essa é a chance de eles cobrarem medidas capazes de salvar seus municípios, levados à quase falência, e seus munícipes levados à miséria pela maior seca dos últimos 50 anos.
Incertezas - Na AL, um ponto é consensual entre candidatos à reeleição, ou estreantes: a “salada” das sucessões estadual e federal dificulta acordos com as lideranças do interior.