Gelson Ferraz é um dos vereadores que querem vaga na Assembleia Legislativa
FOTO: JL ROSA
Se tradicionalmente o andamento dos trabalhos do Parlamento fica mais complicado em ano eleitoral, o impacto, em 2014, deverá ser ainda maior na Câmara Municipal de Fortaleza. Dos 43 parlamentares, 18 disputam cargos proporcionais (deputado estadual e federal), além de outros dois suplentes. Caso todos sejam eleitos, pelo menos 41% da Casa deverá ser substituída por suplentes no início do próximo ano.
Do total, seis pleiteiam uma vaga para a Câmara dos Deputados, em Brasília. São eles: Acrísio Sena (PT), Alípio Rodrigues (PTN), Deodato Ramalho (PT), Leonelzinho Alencar (PTdoB), Vaidon Oliveira (PSDC) e Vitor Valim (PMDB).
Já os que disputam um assento na Assembleia Legislativa são: A Onde É? (PTC), Capitão Wagner (PR), Carlos Mesquita (PMDB), Eulógio Neto (PSC), Gelson Ferraz (PRB), Guilherme Sampaio (PT), Iraguassú Teixeira (PDT), João Alfredo (PSOL), Marcos Aurélio (PSC), Walter Cavalcante (PMDB), Wellington Sabóia (PSC) e Ziêr Férrer (PMN), além dos dois suplentes Luciano Melo (PSL) e Robert Burns (PTC).
Dos postulantes, seis irão concorrer sem sequer terem concluído metade de seus primeiros mandatos na Casa, sendo que dois - Deodato e Leonelzinho - querem ascender diretamente a Brasília antes de completarem dois anos no exercício das atividades legislativas de Fortaleza. Os outros quatro eleitos pela primeira vez para a Câmara em 2012 - A Onde É?, Capitão Wagner, Eulógio Neto e Marcos Aurélio - também já pensam em abandonar o cargo em busca de voos parlamentares mais altos.
Vereadores mais experientes, como o presidente da Casa, Walter Cavalcante, no quinto mandato; Carlos Mesquita e Iraguassú Teixeira, no sexto mandato; Gelson Ferraz, no quarto mandato; e o líder da oposição Guilherme Sampaio e Ziêr Férrer, no terceiro, também trabalham para alavancar a carreira política.
Campanha
Além da preocupação para evitar que a tribuna da Casa seja utilizada como palanque eleitoral quando os trabalhos retornarem em agosto, os parlamentares avaliam que o plenário tende a ficar mais esvaziado nos meses em que antecedem as eleições, uma vez que os candidatos estão ocupados com atividades e geralmente cumprem agenda de campanha viajando para o Interior.
Até agora, apenas John Monteiro e Eulógio Neto pediram licença do cargo para se dedicarem à campanha eleitoral, enquanto os demais pretendem conciliar as atividades de campanha com o mandato, até por conta visibilidade do mandato. O vereador Capitão Wagner chegou a dizer que, caso perceba que não poderá trabalhar sua campanha enquanto exerce os trabalhos legislativos, poderá se afastar.