Na convenção do Partido Democrático Trabalhista (PDT), que ocorreu na manhã de ontem, no clube Náutico Atlético Cearense, no bairro Meireles, os convencionais decidiram, por unanimidade, apoiar o nome indicado por Cid Gomes à sucessão estadual. Além disto, ficou homologada a candidatura de 36 deputados estaduais e apenas um para deputado federal, vaga que será disputada pelo presidente estadual do PDT, André Figueiredo, que, atualmente, ocupa uma cadeira na Câmara Federal.
De acordo com Figueiredo, nesse momento, o “melhor” para o PDT, é apoiar o projeto de Cid Gomes. “Nós temos um projeto para eleger pelo menos quatro deputados estaduais”, ressaltou, frisando que o PDT tem ganhado força em todo o Ceará, e que, nas próximas eleições, o partido se estruturará para ter candidato próprio a governo do Estado, deixando de ser coadjuvante no cenário. Com a manutenção do PDT no arco de aliança do Pros, a coligação já conta com 23 partidos.
“OPOSIÇÃO”
O deputado pedetista Heitor Férrer, que esteve presente no início da convenção, ressaltou à imprensa a sua posição contrária a da legenda, assegurando que não subirá no palanque do candidato do governador e que, também, não manifestará apoio a outro candidato, em respeito ao partido.
“É sabido, pelo próprio André Figueiredo, que não apoio o candidato e nem subirei no palanque do candidato do governador, para eu manter a minha coerência, para eu não me derreter como homem público”, disse, frisando que, na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, tem feito críticas sobre a conduta do governador Cid Gomes, sobre as suas “políticas equivocadas”, fato que o obriga a se manter afastado da candidatura apoiada pelo chefe do Estado.
Questionado sobre a probabilidade de se lançar candidato ao governo do Ceará na eleição de 2018, Férrer não desconsiderou, mas também não confirmou, aumentando as especulações. “Ninguém sabe o que ocorrerá amanhã. Mas o partido trabalhará para não ser mais coadjuvante como partido político”.