• Torna-se comovente e às vezes até patético, o esforço de engenharia social e política a que se entrega o vice-governador na busca de espaços para pregar sua mensagem de candidato a um cargo para o qual teve seu nome rejeitado pelo menos uma vez. No último final de semana, mais precisamente no sábado, dia 14, Domingos Filho foi à Zona Norte estacionando seu comboio em São Benedito, uma das cidades líderes do desenvolvimento na Serra Grande, a título de prestar contas do programa “Governança Colaborativa”, atividade pouco conhecida da qual nunca ouvíramos falar. Na realidade, o nome não importa. O importante é que neste final de semana, o vice fará novas pregações vendendo o seu peixe nos municípios de Crateús, Quixeramobim e Itapipoca, com o mesmo objetivo como vem fazendo nos últimos dois meses sem que ninguém considere isso campanha antecipada. Na ausência de um tema polêmico como o da refinaria debatido pelo deputado Zezinho Albuquerque, seu principal concorrente na disputa pelo governo estadual, o vice-governador, não se sabe se também respaldado por Cid Gomes, deu vazão ao seu velho desejo de ser ele o candidato e tratou de juntar bases de apoio por todo o Estado. Acatou a primeira sugestão que lhe chegou à mesa para garantir-lhe um “gancho” onde pudesse pendurar a sua postulação. Tanto quanto o do presidente da Assembleia Legislativa, é legítimo o direito do Sr. Domingos Filho em lançar-se candidato mesmo que na bacia das almas, tentando corrigir uma estratégia que deveria ter abraçado no começo do ano. No fundo, ele está respondendo aos partidários de soluções políticas desencontradas, que ainda está vivo e disposto a encarar desafios sem a certeza de que será esta a solução adequada de contribuir pela paz política que sempre perseguiu, mas nunca viu florescer a seus pés. Com pouco a perder além do que já lhe tomaram, não resta mais tempo para discutir o que tentou com diplomacia. Chegou a hora do vai ou racha, dane-se quem quiser e escape quem puder. • Acerto - Para o deputado Welington Landim (Pros), o governador Cid acerta ao priorizar a discussão de um projeto de governo, deixando para depois a indicação de um candidato.