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Usina cearense permanece fechada - QR Code Friendly
Quinta, 05 Junho 2014 07:41

Usina cearense permanece fechada

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  Próximo a completar um ano da compra da Usina Manoel Costa Filho, pelo governo estadual, no dia 7 de junho - pelo valor de R$ 15,4 milhões -, nada funciona na maior unidade industrial sucroalcooleira do Estado, na cidade de Barbalha (distante 553 km de Fortaleza). A única atividade vista no local é uma plantação de bananas, no entorno da usina, em vez de cana-de-açúcar, que é a matéria-prima do açúcar e do etanol, ou seja, uma cultura bem diversa daquela que era para, ali, ser plantada. As informações são da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) - entidade de classe que representa o interesse dos plantadores de cana -, que participou ativamente do processo de aquisição da usina pelo governo, no ano passado, com o objetivo de retomar rapidamente o respectivo funcionamento. Para o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima, o leilão foi a melhor opção para o Estado, pois evitou que o passivo da usina fosse passado para o governo com a compra da usina, porque a venda judicial ocorreu via Justiça do Trabalho. “Se o governo estadual comprasse diretamente aos antigos donos da unidade industrial, ou a arrendasse, assumiria, automaticamente, um débito de mais de R$ 180 milhões”, lembra o dirigente canavieiro. A usina foi adquirida por R$ 15 milhões, no leilão na Justiça do Trabalho. RETOMADA Diante da situação, o líder da Unida destaca que a etapa inicial foi bem sucedida com a aquisição da unidade industrial, faltando só a conclusão do processo para a efetiva retomada do funcionamento da Usina Manoel Costa Filho. O dirigente defende a proposta de que a unidade industrial seja repassada para uma cooperativa de produtores de cana da região do Cariri, que realizariam o plantio, colheita e beneficiamento da cana, gerando emprego e renda para centenas de moradores daquela região. No local, houve uma expressiva quantidade de canavieiros, mas, muitos estavam trabalhando através de um modelo ultrapassado de produção de rapaduras. De acordo com o presidente da entidade, já funcionaram mais de 400 engenhos na região. Apenas seis estão em operação, atualmente, mostrando a decadência desse tipo atividade. A produção de rapadura já acabou há muitos anos nas outras regiões produtoras do Nordeste. “Eis a fundamental relevância social e econômica da retomada do funcionamento da Usina Manoel Costa Filho para os produtores de cana e o povo cearense do Cariri”, enfatizou Lima. De acordo com Reginaldo Lobo, o diretor de Agronegócio da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece), o retorno das atividades daquela unidade industrial está dependendo de uma decisão que deverá ser tomada entre o poder público e os agricultores daquela região do Estado. “A Assembleia Legislativa está organizando uma audiência pública, a ser realizada no município de Barbalha, para que o destino da Usina Manoel Costa Filho seja discutido, juntamente aos setores interessados. A Adece estuda diversas possibilidades para o local, mas só gostaria de adiantar os detalhes durante referida audiência”, salientou.
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