O vice-governador, em campanha aberta para o Palácio da Abolição, acredita com todas as suas forças que será ele o candidato do Pros à sucessão de Cid Gomes. Admitem fontes próximas ao Sr. Domingos Filho que, dificilmente, o governador repetiria o apóstolo Pedro, que por três vezes negou Cristo, para só depois se penitenciar no arrependimento. Entendem as mesmas fontes, que seria um risco para o governo alimentar com novo descontentamento um político que se vem provando merecedor da confiança do sistema, oferecendo-lhe apenas protocolares agradecimentos por serviços prestados. Além do mais, considera-se que não seria estrategicamente bom nem conveniente expor um vice-governador à dura realidade de ouvir mais uma negativa para a qual ninguém sabe se estaria preparado e que poderia atiçar o seu espírito guerreiro. - Se não me querem aqui, - poderia argumentar qualquer pessoa por duas vezes na mesma situação, - vou para onde me querem. É difícil a um político com o histórico e a estatura moral do Sr. Domingos Filho suportar seguidos constrangimentos sem reagir aos seus algozes no mesmo tom. Por outro lado, forçar a barra como vem fazendo, recebendo títulos de cidadania graciosos, seguido de vilegiaturas mascaradas de agradecimentos não se sabe a que, não estimula a concordância do sistema ao seu nome, nem lhe dá condição para prosseguir na estratégia idêntica à do presidente da AL, sob pena de estar construindo um pacto de afogados.
• Isolamento - Na AL, ontem, deputados simpatizantes da candidatura Zezinho Albuquerque, comentavam com desdém o esforço do vice-governador Domingos Filho para saltar a muralha do seu isolamento no Pros.