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Aumento produziu inflação - QR Code Friendly
Sexta, 23 Mai 2014 04:54

Aumento produziu inflação

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Segundo o deputado João Jaime, a culpa do aumento muito elevado é do Governo Federal, apoiado pelo próprio Lula Morais Segundo o deputado João Jaime, a culpa do aumento muito elevado é do Governo Federal, apoiado pelo próprio Lula Morais FOTO: JOSÉ LEOMAR
  O aumento da tarifa de energia autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica Aneel) para as distribuidoras de energia no Brasil gerou um impacto na elevação da inflação no Brasil no primeiro mês logo após o reajuste. A informação foi repassada pelo deputado Lula Morais (PCdoB), que informou na tribuna da Assembleia Legislativa, ontem, que no mês de maio, o aumento da inflação na tarifa de algumas capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foi da ordem de 3,76%. O deputado João Jaime (DEM) disse que a culpa era do Governo da presidente Dilma, apoiada pelo deputado Lula Morais. O percentual de 3,76%, conforme informou o parlamentar, também elevou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em até 0,10 pontos percentuais, o mais elevado, ficando em 0,58%. Segundo disse, a elevação da tarifa média de energia no Brasil nas capitais pesquisadas pelo IBGE registrou 3,76% de aumento sobre a tarifa, o que gerou um impacto no índice do IPCA que foi de 0,58%. "Se não tivesse havido esse reajuste em um patamar superior à inflação, o índice do IPCA seria 0,48%", disse o parlamentar. Porcentagem Em Fortaleza, conforme informou, o impacto foi de 10,26% por conta do reajuste da Capital cearense ter sido maior, girando em torno de quase 17% na tarifa de energia do Estado. De acordo com o parlamentar, o aumento é "uma perversidade" para o consumidor. Outro aspecto tratado por ele, diz respeito às empresas, pois, conforme defendeu, quando a presidente Dilma Rousseff apresentou a Medida Provisória (MP) 79 para redução da tarifa de energia no País, alguns estados, como São Paulo, Paraná e Minas gerais, foram contrários à redução proposta. Isso, segundo disse, também gerou o acréscimo na porcentagem da tarifa de energia no Brasil. Ele lembrou que o diretor de Infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Carlos Cavalcanti, relatou, recentemente, que as empresas desses estados alocaram mais de 2,5 mil megawatts médio no mercado de curto prazo, agravando o déficit de energia e garantindo prejuízo para todo o País. Ele teria informado que o aumento da tarifa foi potencializado pela decisão da Cesp, Cemig e Copel de não participarem da redução do preço da cobrança da energia no Brasil. Cavancalti disse ainda que as empresas se aproveitaram do aumento do preço da energia e alocaram mais de 2,5 mil megawatts médios no mercado de curto prazo, agravando o déficit de energia das distribuidoras. "Elas se aproveitaram para vender essa energia e obter lucros para suas distribuidoras de energia, onerando ainda mais o problema do custo de energia no Brasil", reclamou Morais. Reduzidas O deputado destacou ainda que a pressão do preço da tarifa de energia, em função da redução da carga hídrica da energia. É conjuntural. E, portanto, quando a recarga hídrica for garantida as tarifas serão reduzidas. Ele lembrou também que o Ministério Público Federal (MPF) do Ceará entrou com uma ação judicial para suspender o reajuste da tarifa de energia do Estado. "Ela pede ao juiz da Justiça Federal que o reajuste possa ser suspenso ou, no mínimo, seja dado um reajuste no percentual solicitado pela (Companhia Energética do Ceará) Coelce, que foi de 13%", disse. Lula Morais destacou também que a proporção de recarga hídrica do País deve ser regularizada, a partir de 2015, quando termina a concessão dessas empresas. Com isso, o preço da energia deverá ser reduzido. O deputado Thiago Campelo (PSD) também lamentou o reajuste dado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a Coelce. Já João Jaime (DEM) disse que as empresas foram "obrigadas" pelo Governo Federal a reduzirem a tarifa de energia no Brasil e isso ocasionou a "falência" de tais distribuidoras. Outro ponto tratado pelo parlamentar foi o fato de o setor que autoriza os reajustes ser ligado ao Governo Federal, como a Agência Nacional de Energia Elétrica. "Vossa excelência não pode culpar os governos passados por esse problema. O partido que vossa excelência apoia é o culpado por isso", salientou o democrata, em alusão ao Partido dos Trabalhadores (PT).
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