O vice-prefeito de Fortaleza e vice-presidente do PMDB do CE, Gaudêncio Lucena, diz que todos os candidatos do partido têm densidade eleitoral
FOTO: ALCIDES FREIRE
Fortalecer a candidatura do partido para o Governo do Estado ou Governo Federal, garantir a ampliação de influência da legenda no Ceará e ganhar mais voz junto à Executiva Nacional são as diferentes razões que motivaram as agremiações a adotar estratégias que permitam uma maior representação na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados a partir de 2015.
Enquanto persistem as dúvidas sobre quais nomes participarão da disputa majoritária, pré-candidatos às eleições proporcionais e estratégias de cada legenda já estão bem definidas. Além de se articular para viabilizar a candidatura do senador Eunício Oliveira ao Governo, o PMDB também tem pensado em como ampliar a bancada da legenda na Assembleia Legislativa.
De acordo com o vice-presidente do PMDB no Ceará, vice-prefeito Gaudêncio Lucena, o partido já tem a confirmação de 11 candidaturas para deputado estadual e nove para federal. Esse quadro é superior ao que a legenda lançou em 2010.
"Ampliar a bancada faz parte da estratégia do partido, mas eles (pré-candidatos) também sabem que, tendo um candidato a governador, a chance de se eleger como deputado estadual ou federal são muito maiores. Dessa forma, muitos tiveram o interesse de participar da disputa", explicou.
Gaudêncio acredita que o número de pré-candidatos é pequeno para o tamanho do partido. "A diferença do PMDB para o outros partidos é que todos nossos candidatos são de peso, capazes de ter uma votação expressiva. Outros partidos colocam nomes que não conseguem tirar 1.500 votos", comparou.
Dificuldades
Já o PT segue a orientação do diretório nacional em buscar a ampliação das bancadas. Segundo o presidente da legenda no Ceará, Assis Diniz, a presidente Dilma Rousseff enfrentou muitas dificuldades nos últimos quatro anos por não ter uma ampla base de apoio no Parlamento.
Conforme a agremiação, o PT já confirmou 11 nomes para disputar vaga na Câmara dos Deputados, sendo que José Airton e Eudes Xavier tentam a reeleição. Já para a Assembleia, 16 filiados revelaram o interesse em busca um cadeira na bancada petista.
Foi a busca por garantir uma vaga no Parlamento que motivou a saída do deputado Fernando Hugo do PSDB para o Solidariedade. Ele avalia que a estrutura da nova legenda lhe dará suporte para tentar garantir a reeleição na Assembleia. Além dele, o ex-tucano Marcos Cals também trocou de sigla na procura de uma chapa fortalecida para ampliar a bancada. "Não encontrei mais no PSDB cearense condição de me prosperar como político", alega Fernando Hugo.
Já o PSC formou uma chapa com mais sete partidos para tentar assegurar uma vaga na Câmara dos Deputados. "Fazendo um deputado federal, nós passamos a ser diretório e, consequentemente, passaremos a ter mais atenção da executiva nacional, além de garantir mais recursos", justifica o vereador Wellington Sabóia, presidente da sigla e pré-candidato a deputado federal.