Deputados estaduais e dirigentes do PSD cearense reunidos na manhã de ontem no Comitê de Imprensa da Assembleia, para tratar da participação do partido na disputa em Fortaleza, apenas com candidatos à Câmara Municipal
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Depois de criar a comissão provisória de Fortaleza, integrantes do partido começam a discutir sua participação
Integrantes do PSD se reuniram ontem, na Assembleia Legislativa, para discutir a participação do partido nas eleições municipais deste ano na Capital. Será o primeiro pleito que o partido disputará. Recentemente os principais representantes da agremiação no Ceará decidiram criar a Comissão Provisória de Fortaleza, escolhendo para presidi-la o atual secretário de Planejamento do Estado, Eduardo Diogo.
A posição tirada do encontro de ontem é que o PSD tem de participar da discussão de um projeto para Fortaleza, porém o partido não projeta, até o momento, ter candidatura própria à Prefeitura na Capital cearense. A orientação é seguir unido ao partido do governador Cid Gomes, o PSB, para a eleição majoritária, mas terá sua própria relação de candidatos à Câmara Municipal de Fortaleza.
"O PSD não pensaria no momento, no lançamento de candidato de cabeça. Isso não quer dizer que não lance (candidato próprio), mas o partido inicialmente não pensaria", reiterou o líder da bancada da legenda na Assembleia, deputado Moésio Loiola (PSD).
De acordo com o parlamentar, o que o PSD de Fortaleza quer mesmo é ser chamado para conversar sobre a cidade e ajudar a construir um projeto para a Capital cearense. No seu entendimento, as necessidades que Fortaleza possui hoje, não permitem que seja apresentando um projeto pessoal, mas ações e iniciativas que levem em conta o contexto urbano da cidade e que atenda as demandas sociais.
Continuar
Moésio Loiola atesta que os problemas na educação e na saúde da Capital não podem continuar. Segundo informa, seu partido defende um planejamento para além dos quatro anos de gestão, observando que atualmente não se planeja a cidade, mas apenas tenta-se resolver problemas pontuais que vão surgindo. "A última vez que Fortaleza foi planejada foi há quase 30 anos", reclamou.
O deputado deixa claro que nesta eleição, em Fortaleza, o PSD seguirá as orientações do governador Cid Gomes, incluindo as possíveis coligações. "O partido pode se coligar onde o Cid Gomes tiver, mas não abre mão de discutir Fortaleza independente de quem seja o candidato que ele apoie", asseverou.
O parlamentar argumenta que um partido como o PSD que nasceu da "inspiração do prefeito da maior cidade do País, São Paulo", e que no Ceará, já tomou um tamanho considerável, além da possibilidade de garantir um bom tempo de televisão e rádio, não pode ficar alheio a discussão sobre Fortaleza.
Na Assembleia, o partido garantiu a segunda maior bancada. O PSD recebeu a filiação dos deputados Gony Arruda, Moésio Loiola, Osmar Baquit e Rogério Aguiar, antes filiados ao PSDB e de Leonardo Pinheiro, que pertencia aos quadros do PR. Também optaram pelo novo partido os suplentes Cirilo Pimenta, Nenen Coelho e José Teodoro, todos ex-tucanos.
Disputa
Moésio Loiola destaca que, além de uma boa representação no Legislativo cearense, o PSD possui, atualmente, três secretários no governo de Cid Gomes: Mariana Lobo, secretária da Justiça e Cidadania; Gony Arruda, secretário do Esporte e Eduardo Diogo, secretário de Planejamento e Gestão do Estado.
Para o parlamentar, isso mostra que o PSD tem representação e potencial eleitoral para uma disputa neste pleito de outubro próximo. Mas por enquanto, deixa claro, em Fortaleza, o partido está trabalhando na sua chapa para vereador, pensando em eleições futuras. A ideia, aponta, é lançar o maior número possível de candidatos do PSD para a Câmara Municipal de Fortaleza.
Interior
Assim como na Capital, também em diversos municípios cearenses o PSD estará aliado ao PSB para a disputa de prefeituras e vagas de vereadores. Isoladamente, o partido só vai estar onde o PSB não tiver candidatos à Prefeitura.
A perspectiva é de que a nova agremiação apresente aproximadamente uns oitenta candidato a prefeito, incluindo vários dos seus filiados, já exercendo mandatos de prefeito que serão candidatos à reeleição, quase todos saídos dos quadros do PSDB.