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Coluna Politica - QR Code Friendly
Sexta, 04 Abril 2014 06:48

Coluna Politica

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  Interrogação sem precedentes Ficou para hoje o anúncio da decisão de Cid Gomes (Pros) sobre renunciar ou não ao Governo do Estado. O cenário parecia preparado para sua saída. Desde a véspera, reuniões com aliados estratégicos, eventos agendados, medidas encaminhadas, gestos calculados, tudo parecia ter sido planejado cuidadosamente para construir o efeito simbólico da despedida. Ou, pelo menos, para levar todo mundo a pensar assim. De modo que permanecia outra dúvida: amanhã, quem será o governador do Ceará? Será o vice-governador Domingos Filho (Pros)? Ou o deputado Zezinho Albuquerque (Pros)? Ou o desembargador Luiz Gerardo Brígido? Ou Cid Gomes mesmo? Como, aliás, acreditavam e defendiam seus interlocutores mais próximos. O Ceará nunca passou por tal situação, de anoitecer sem saber quem seria o governador no dia seguinte, salvo em momentos em que os dirigentes foram apeados do poder pela força, como na queda da oligarquia Accioly ou na revolução de 1930. Muito da dúvida sobre a saída ou não de Cid reside, justamente, na definição sobre sua sucessão imediata. Domingos Filho se tornou personagem estratégico nesse jogo, pois herdaria o governo no momento-chave da definição e com pretensões indisfarçadas de ser o candidato. Embora permaneça como o líder da aliança, Cid perde capacidade de conduzir o processo fora do Palácio da Abolição. Para que o cenário não saia completamente de seu controle, precisa amarrar muito bem a saída. Vários outros governadores renunciaram por motivos eleitorais – Raul Barbosa, Paulo Sarasate, Virgílio Távora duas vezes, Adauto Bezerra, Tasso Jereissati, para ficar no período pós-Vargas, renunciaram. Mas em todos os casos os respectivos vices assumiram, conforme já era esperado. Pelo que transparece das conversas, o comandante político dos Inhamuns é visto como autônomo demais – talvez estranho demais às raízes sobralenses do grupo. Já quando Ciro renunciou para virar ministro da Fazenda, em setembro de 1994, já se sabia que assumiria interinamente o desembargador Adalberto Barros Leal. Na ocasião, o vice, Lúcio Alcântara, e o presidente da Assembleia, Chico Aguiar, eram candidatos. Agora, porém, impera a dúvida, que deve ser sanada hoje.
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