Deputados estaduais de oposição criticaram, ontem, problemas relacionados ao Metrô de Fortaleza. De acordo com a deputada Eliane Novais (PSB), além de falhas na infraestrutura, os trabalhadores dos Transportes Metropolitanos e Metroviários de Fortaleza estão enfrentando “há muito tempo” uma situação “bastante crítica” que afeta gravemente as condições de trabalho. De acordo com o vice-líder do Governo na Casa, Júlio César Filho (PTN), os recursos para promover melhorias já estão garantidos.
Enquanto os parlamentares debatiam o tema em plenário, um grupo de servidores aguardava uma reunião com a comissão de deputados formada para intermediar as demandas junto ao governo estadual. A ideia é dar voz às reivindicações da categoria.
Para Eliane, as condições de trabalho estão muito aquém do que seria aceitável. Para ela, o “descaso” com a categoria é resultado ou de ineficiência do Governo, ou do atraso na emissão de recursos públicos. A socialista lembrou que a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), atualmente, conta com 260 empregados de carreira, oriundos pela RFFSA E CBTU, que, em 2012, foram transferidos. Conforme relatou, os servidores estão enfrentando, além de baixos salários, o desrespeito profissional e a falta de condições mínimas de trabalho. “Esses trabalhadores lutam ainda por um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS). Hoje eles são empregados regidos pela CLT e foram enquadrados na Lei Estadual 13.770/2006, aprovada na Assembleia, que criou o PCCS dos concursados da CBTU, que foram transferidos para o Metrofor”, salientou.
Já o deputado João Jaime (DEM) ressaltou que, hoje, será votado requerimento solicitando informações acerca dos Veículos Leves sobre Trilhos (VLT’s) do Crato e Sobral para subsidiar o debate sobre mobilidade urbana.
VIGILANCIA SANITÁRIA
A deputada Fernanda Pessoa (PR) afirmou que, desde 2006, os recursos destinados ao Metrofor deixaram de ser integrais e passaram a ser repassados por meio de aditivos, informando que, em visita às linhas Oeste e Sul do Metrô, os deputados detectaram alguns problemas, dentre eles, a falta de acessibilidade e infiltrações sem nenhuma sinalização. Além disso, os trabalhadores e a população que utilizam essas estações reclamaram da “imensa” quantidade de mosquitos que acreditam ser da dengue. Para isso, a deputada requereu uma vistoria da Vigilância Sanitária, para analisar o problema da água parada e do lixo que fica nas laterais dos trilhos.
RESPOSTA
Os pronunciamentos acabaram provocando a resposta de aliados do governo. Júlio César aproveitou para listar os recursos destinados para melhoria da infraestrutura no Metrô. Ele assegurou que o presidente do Metrofor, engenheiro Rômulo Fortes, já se colocou à disposição para dar explicações sobre o assunto. O deputado ainda recebeu representantes da categoria e solicitou que eles elaborassem um documento com a pauta de reivindicações que será entregue ao líder do Governo, deputado José Sarto (Pros).