Águas revoltas
Não foi ontem que esta coluna especulou, em cima do que ouviu de próceres de partidos aliados ao Governo do Estado, uma situação que agora, por incrível que pareça ganha corpo nos comentários dos corredores e rodinhas de feriado político. Ainda não chegou à Praça do Ferreira, mas já anda por palácios e seus quetais. O tome é o seguinte: Cid Gomes renunciaria ao Governo no prazo fatal para ser candidato ao Senado da República ou seu, dele, irmão Ciro. Com ele, renunciaria também o vice-governador Domingos Filho que não precisaria renunciar para ser candidato em um futuro Governo do Estado com ele no comando pra fazer a eleição. Aí, o presidente da Assembleia do Estado, senhor Zezinho Albuquerque, assumiria o Governo sendo responsável direto pela eleição de outubro vindouro. Seriam oito meses de comando de Governo. Analistas da política, políticos de fato, entendem, entretanto, que Zezinho poderia também renunciar ao mando de governador, assumindo um ministério até o fim do Governo Dilma. Aí quem seria o governador para fazer a eleição ou convocar eleição para um governo de poucos meses seria o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Gerardo Brígido, servidor grave e correto do Judiciário que sem dúvida honraria o posto de governador do Ceará. Bem, como disse na sexta palavra deste texto, a coisa está na casa da especulação desde que aqui foi falado e depois ganhou corpo e até posições corporativas e equações zangadas dos que estão do outro lado. Falta, agora, especular como o eleitor encararia algo assim. Pra onde iria o PT que quer o Senado, o PP com seus deputados federais e estaduais e vai pela aí. Depois, todos terão que combinar com quem manda; aquele que vota, mesmo com o voto já sendo cotado a R$ 50,00 só para deputado. Em dúvida, vão ao campo. Cid sinalizou que esta coluna jogando cinturão queimado tá quente, mas...cuidado que o mar tá danado de revolto.