Falsetas na CPI
Na sessão de ontem, da Assembleia Legislativa, o deputado Wellington Landim (Pros), presidente da CPI da Telefonia Móvel, fez algumas declarações importantes, tendo em vista os resultados até agora obtidos, e que ainda estão longe do esperado. Entre os pontos por ele destacados, um deles já começa a tirar a paciência dos membros da CPI: os representantes das operadoras e da própria Anatel, até agora ouvidos, vêm omitindo, sem nenhuma sutileza, dados que interessam a essa investigação. No caso da Anatel, diz o deputado Landim, “aquele órgão, cuja obrigação é monitorar e moralizar esse tipo de serviço importante para o povo, mais parecia estar protegendo as operadoras, quando chamada a depor na CPI”. Por conta de detalhes como esse, a CPI tem obtido poucos resultados, o que é péssimo para a população prejudicada pelo péssimo serviço prestado. Sem informações sinceras e honestas das operadoras e da Anatel, torna-se impraticável um trabalho mais acurado, sem a quantidade de “chips” vendidos, ou mesmo de antenas instaladas na Capital. A esperança de avanços, segundo o deputado, está na reunião da CPI, na próxima semana, quando a Anatel e todas as operadoras serão confrontadas diretamente, do que, custe o que custar, poderá sair boa parte da verdade esperada. Para mais emperrar o trabalho da CPI, a Anatel, ao tentar justificar a situação estabelecida em Fortaleza e no interior, jogou toda a responsabilidade pelo que ocorre, para o comando da entidade em Brasília. O próximo passo da CPI será a apresentação de uma rigorosa peça jurídica, destinada a proibir a venda de “chips” até as coisas voltarem ao normal. Por fim, o presidente faz um apelo por mais apoio da imprensa, fundamental quando se trata de evitar perdas para toda uma sociedade.