Palanques separadosO estado do Ceará corre o sério risco de, mais uma vez, repetir tragicômicos episódios dos palanques separados. Isso será possível, até inevitável, se as principais lideranças dos mais importantes partidos aliados PROS, PMDB e PT, não encontrarem uma fórmula capaz de poupar o eleitorado cearense de tal situação, digna das mais espalhafatosas chanchadas do teatro do absurdo, e do cinema nacional e internacional. O “imbróglio” estabelecido na política de um estado onde a coligação governista era uma das mais sólidas entre todos os estados, já preocupa, e poderá, a cada dia, virar motivo de insônia, não só para as lideranças regionais, como, e principalmente, para a própria presidente Dilma, que quebra a cabeça no sentido de não permitir a dispersão de seu rebanho, comprometendo seu projeto de reeleição. Seja nas rodas de conversa na AL e CMF, em eventos sociais, empresariais e políticos, ou nos bate-papos da Praça do Ferreira, alguns pontos são tidos como certos, salvo acontecimentos extraordinários: a) o senador Eunício não abrirá mão de sua candidatura; b) o governador Cid lutará até os últimos segundos da prorrogação, pela indicação de um dos seus homens de sua maior confiança nas hostes do PROS; c) o PT, uma vez serenados os ânimos dos anti-Cid, deverá seguir a rota escolhida pelo governador, mirando a vaga do Senado. Quem conhece as esquisitices da política partidária, sabe que, nesse campo, tudo, ou quase tudo, pode acontecer. Haja vista, os vexamos por que passou Virgílio Távora em 1962, tendo que dividir palanques com até três candidatos a prefeito, inimigos figadais, por conta da mais improvável (para a época) das alianças: UDN e PSD. Se Dilma não conseguir unir o bloco PROS-PMDB-PT num só palanque, corre o risco. Falhas demaisMal foi iniciada a CPI das Telefônicas, presidida pelo deputado Wellington Landim, e tendo como relator o deputado Fernando Hugo, e já vêm à tona absurdos inadmissíveis. Segundo o deputado Hugo, em dois meses, a ANATEL recebeu 17 mil denúncias de consumidores.