Servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) no Ceará saíram da reunião com o líder do Governo na Assembleia Legislativa, José Sarto (Pros), com uma promessa: a de que o líder do governo conversaria pessoalmente ainda ontem com o governador Cid Gomes (Pros) para apresentar a pauta de reivindicação. Segundo eles, a categoria teve uma porta aberta após a reunião. No entanto, Sarto admitiu que a negociação com a categoria só ocorra com a finalização da greve. Na tarde de ontem, o Sindicato realizou uma nova assembleia aonde foi apresentado os assuntos discutidos no encontro.
Além de Sarto, estiveram presentes a reunião os deputados Lula Morais (PCdoB), Rachel Marques (PT), além de representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Área de Trânsito do Estado do Ceará (Sindetran).“Pedi que formatassem um documento”, disse ele, que ressaltou que, antes da greve, a interlocução com o Governo do Estado já estava bem avançada. “A categoria do Detran reconhece que houve avanços, inclusive o servidor do Detran que ganhou menos, ganhou 63% acima da inflação. Se comparado a outras servidores, só teríamos a Defensoria Pública que, ao longo do governo Cid Gomes, teve aumento acima da inflação”, enfatizou Sarto que deixou claro que irá entrar em contato com a categoria repassando as informações da conversa com o governador.
O governista disse ainda que, em 2011, os servidores tiveram reajuste de 165% de produtividade e que o Governo mantinha reuniões constantes com a categoria. “A interlocução estava evoluída, quando o Sindicato resolveu deflagrar a greve e judicializou o processo”, finalizou, acrescentando que, posteriormente, iniciaria uma discussão para formatação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS).
REIVINDICAÇÃO
A principal reivindicação dos grevistas é a reestruturação de um Plano de Cargos, Carreira e Salário para os servidores. Conforme a categoria, tal plano estaria parado no governo há mais de sete anos. Uma mesa de negociação foi montada e na primeira reunião o Governo informou que não há como arcar com o Plano apresentado pelos servidores, que teria impacto financeiro de R$ 2 milhões. A greve, que teve início no dia 17 de outubro, segue por tempo indeterminado. E na última quinta-feira, a Justiça Estadual decretou a ilegalidade do movimento, com estabelecimento de multas diárias de R$ 50 mil, em caso de descumprimento da decisão pelo sindicato, e de R$ 300 para o servidor.