passos apressados e de olho em 2014, o PSB estadual retoma o fôlego perdido com a debandada do grupo político do governador Cid Gomes. Para cobrir o flanco aberto com o esvaziamento do partido nas casas legislativas, a legenda já entrou em campo e analisa suas possibilidades de coligação. O objetivo é dar mais robustez à sigla e apresentar candidato próprio ao Governo do Estado, nas próximas eleições. A confirmação é do presidente estadual do partido, ex-deputado federal Sérgio Novais, lembrando que já conta com o PR, PRB, parte do PV e do pessoal que iria se filiar no Rede Sustentabilidade.
Também enfrentando um tempo de esvaziamento em suas fileiras, o PSDB Ceará, segundo o deputado federal Raimundo Gomes de Matos, admite a possibilidade de se aliar ao PSB de Novais. “Seria muito importante para mudar o Ceará uma aliança do PSDB com o PSB, agora com Sérgio Novais na presidência estadual, com o PR e com outros partidos que pensem no real crescimento do Estado sem esquecer as desigualdades na sociedade”, argumenta o tucano.
Conforme o deputado, por parte do PSDB não há nenhum empecilho fazer uma aliança com o PSB. Ele observa, ainda, que há um projeto nacional que é Aécio Neves conversando com Eduardo Campos para ver se os dois partidos marcham juntos na disputa da Presidência da República, em 2014.
Segundo o tucano, já existe acordo, em sete estados, para o PSDB caminhar unido com PSB. O Ceará, se aceitar a aliança, seria o oitavo a consentir com o arranjo político. “Nesses estados o PSB apoia o PSDB e há o contrário, que é o PSDB apoiando o PSB. Esse mesmo esquema pode ser repetido no Ceará entre o PSDB e o PSB”, sugere Gomes de Matos.
SUCESSÃO ESTADUAL
A meta principal do PSB estadual, avisa Novais, é estudar a viabilidade de aliança apenas com legendas que não tenham qualquer entendimento com os Ferreira Gomes. O nome para a cabeça da chapa tanto poderá ser, segundo ele, do PSB como de outro partido que esteja na coligação.
Novais lembra que a priori sua irmã Eliane Novais, deputada estadual, é a pré-candidata à chefia do Palácio da Abolição. Contudo, destaca que essa situação poderá ser mudada se aparecer candidato mais forte para entrar na disputa. Ele observa que o nome de Roberto Pessoa, filiado ao PR poderá ser o nome escolhido, se conseguir destaque nas pesquisas.
O deputado Raimundo Gomes de Matos segue a mesma linha de raciocínio de Novais. Ele observa que é cedo para a definição de nome, o que poderá ser feito em maio ou junho do próximo ano. “O nome, do PSDB ou do PSB, será aquele que nas pesquisas tenha mais preferência do eleitorado cearense”, defende o tucano, acrescentando que outros partidos poderão fazer parte dessa coligação.
Nessa aliança, conforme Gomes de Matos, cabem outros partidos, a exemplo do PR, que já acendeu a luz verde. Ele reconhece que o outro lado, formado pelo PROS, PMDB, PT e PCdoB, é forte, mas não o suficiente para evitar a realização do segundo turno, observando que as vozes das ruas estão exigindo mudanças.
PÓS-CID
O presidente socialista reclamou que Cid Gomes, ex-presidente estadual do PSB, ainda não entregou os livros de contabilidade do partido referentes a 2011, 2012 e este ano. “Nós precisamos desses livros para saber como anda a contabilidade e a administração do partido e até agora não recebemos nada e temos que tomar providências”, ameaça.
Ele foi a Brasília para participar de reunião nacional do partido, quando fará o registro dessa ocorrência e demais problemas ocorridos com a saída dos Ferreira Gomes da legenda. Novais adiantou que também vai fazer uma avaliação do partido, informando as novas filiações que ocorreram no PSB e discutir projetos como palanque no Ceará e candidaturas majoritárias. (Com informações de Tarcísio Colares)