A queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, de 57 para 30 %, é uma coisa momentânea, porque não há nenhum fato grave que aponte a mudança de posição dos brasileiros pesquisados. A observação é do deputado federal José Arnon Bezerra (PTB), acrescentando que os protestos influenciaram o resultado da pesquisa Datafolha divulgada no final de semana.
“A presidente Dilma Rousseff, na minha avaliação, faz um grande trabalho, um grande governo. Dificuldades todos os governos têm, tanto federal, como estadual ou municipal, porque é coisa própria dos últimos tempos”, comentou.
Para ele, agora, a presidente Dilma precisa analisar as reivindicações no sentido de que possa ser encontrada a solução necessária. Por outro lado, muitas providências adotadas pelo governo podem não ser a necessidade do primeiro momento da população. Mas, apenas, medidas para acalmar os ânimos, pois necessitam de estudos específicos para ser colocadas em prática.
ANO QUE VEMArnon Bezerra não acredita que a reeleição da presidente Dilma esteja comprometida com a onda de protestos, das últimas semanas, justificando que ainda há tempo suficiente para resgatar a imagem do governo e, assim, pôr em prática as ações reivindicadas pela população. “Eu não vejo um erro cometido pela presidente e sim reclamações do momento”, avaliou.
PROTESTOS ATENDIDOSO deputado Sineval Roque (PSB) acredita que, em breve, a popularidade da presidente Dilma Rousseff irá retornar aos índices anteriores, assim que algumas reclamações começarem a sair do papel. Entretanto, reconhece que alguns setores públicos não estavam em boas condições e, por isso, necessitavam da reivindicação popular.Para ele, até o próximo semestre, medidas como a reforma política precisam ser aprovadas, para que a população possa voltar a acreditar no governo.
CRÍTICA“Há uma crise dessa política velha, que está sendo colocada em prática, principalmente, pelo PT e seus aliados, que apoiam a reeleição da presidente Dilma Rousseff”, alerta Renato Roseno (Psol), acrescentando que o sistema político do governo federal é “perverso”, pois, somente, protege as elites e deixa o “povo comendo o pão que o diabo amassou”.Ele, porém, reconhece que a queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff não compromete somente a petista, mas todo sistema político colocado em prática, no momento, pelo PT e partidos aliados. “É muito importante a população manter-se alerta nas ruas brasileiras para pressionar uma reforma política, que amplie a revogalidade dos mandatos e financiamento público de campanha”. Roseno assegura que, no caso do Ceará, a insatisfação é muito grande com o governo Cid Gomes. “Esse é somente das elites. Exemplo é o Acquário”, criticou.
MAISRenato Roseno (PSol) observou, ainda, que o PSol irá lançar candidato próprio à presidência da República e na maioria dos estados brasileiros. (Com informações de Tarcísio Colares)