Maioria das pessoas concorda que é preciso haver mudanças no País, especialmente na saúde e educação
Por onde passavam, os manifestantes em Fortaleza eram aclamados pela população. Gritos de apoio, palmas, acenos eram vistos em praticamente todo o percurso e vindos de pessoas de todas as idades. No entanto, um aspecto foi considerado de fundamental importância para todos que concordavam com o movimento, a realização dos protestos de forma pacífica.
O escrevente de cartório Luiz Eduardo Alves, 35, acompanhava de longe a concentração do grupo na Praça Portugal. Ciente da atual situação brasileira, afirma achar o movimento legítimo, desde que não atinja de forma negativa pessoas inocentes. "Acho que tem que ter protesto mesmo, sobretudo contra a violência nesse País, mas sem que terceiros paguem a conta", declarou Alves.
A secretária Vânia Araújo, 37, também considera importante a manifestação popular, desde que esteja bem definido o foco e os objetivos do movimento. "Acho que muitos acabam interpretando essa causa de uma forma errada e aproveitam para fazer baderna.
Mais educação, saúde e segurança para o povo brasileiro é o que deseja a assistente administrativa Ana Lúcia de Souza,29, que também assistia à manifestação quando se encontrava em frente à Assembleia Legislativa. "São pontos essenciais, então, acho corretíssimo. Se fizeram estádios de primeiro mundo, tem que ter, também, escolas e hospitais de primeiro mundo", disse.
Imagens do movimento
Insatisfação popular
O protesto, que começou sem violência, foi aclamado durante o percurso. Porém, após a chegada ao Palácio da Abolição, diversas vidraças foram quebradas, como a da Caixa Econômica Federal. A concentração aconteceu na Praça Portugal, às 16h, e as lojas do Shopping Aldeota fecharam mais cedo, às 16h, "por questão de segurança", segundo a gerente de marketing Fotos: Waleska Santiago/ Lucas de Menezes