Integrantes do movimento que articulou a última greve da PM no Ceará tiveram demissão decretada pela Controladoria Geral de Disciplina dos órgãos de Segurança Pública (CGD) nos últimos dias. Além do presidente da Associação dos praças da Polícia e Bombeiros Militares (Aspramece), Pedro Queiroz, foram decretadas as demissões de pelo menos oito outros integrantes do movimento grevista de janeiro de 2013.
Segundo resoluções publicadas no Boletim do Comando Geral da PM, as demissões ocorrem pela da participação dos agentes em assembleia da categoria ocorrida em 3 de janeiro deste ano. De acordo com a CGD, esse encontro teria objetivo de “deliberar sobre a deflagração de possível movimento paredista”. Outros 57 processos administrativos tramitam na CGD por conta da participação no encontro.
Em entrevista ao O POVO, Pedro Queiroz rejeitou a tese levantada pela CGD sobre a finalidade da reunião. “Nós realizamos essa assembleia apenas para comemorar o aniversário do acordo com o governo, e analisar quais das reivindicações da última greve foram atendidas”. Com a demissão publicada no início desta semana, o presidente da Aspramece afirma que recorrerá na Justiça contra a decisão. “Querem nos criminalizar”.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Dr. Sarto (PSB), pondera que existem processos administrativos que apuram práticas graves de ilegalidades na última paralisação. “Alguns PMs foram vistos secando pneus”, diz. (CM)