Participantes do seminário do Fórum Cearense pela Vida no Semiárido (FCVSA) cobraram ações do governo que permitam ao homem ter mais autonomia no acesso à água. O evento, realizado ontem na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Ceará (Fetraece), contou com a presença de agricultores de nove dioceses do estado e representantes de movimentos sociais. O objetivo foi dialogar com trabalhadores do campo para a elaboração de um documento contendo propostas de políticas públicas de curto a longo prazo que visem a descentralização da água na região do semiárido. O documento será entregue hoje, às 14 horas, a deputados e à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa.
Um dos pontos mais discutidos no seminário é que a falta de chuvas não justifica, sozinha, a atual seca que atinge o interior do Ceará. Segundo a coordenadora executiva do FCVSA, Cristina Nascimento, é preciso que os governos estadual e federal adotem ações estruturantes para que os agricultores possam conviver com a seca típica do clima semiárido. Para a coordenadora, a ausência de políticas que permitam o acesso autônomo da água para os habitantes do interior é “a maior geradora de fome e miséria”. O evento segue hoje, às 9 horas, com uma mesa redonda com o tema “O lugar da convivência com o semiárido e o atual momento de seca no semiárido cearense”. (Amanda Alboino/ Especial para O POVO)