Uma equação simples
De pessoas simples, ouvimos sempre um singelo refrão, que encerra inegável verdade: tudo demais é excesso. Tomemos como exemplo, a potência em que transformou- se a coligação PSB, PT e PMDB, e mais uma dúzia de siglas no Ceará. Nas duas eleições passadas, para Governo do Estado, Senado, Câmara e AL, e para prefeitos, o resultado foi um verdadeiro massacre em que a coligação em questão açambarcou o Palácio Abolição, as duas vagas do Senado, 21 das 22 cadeiras da Câmara, e 96% das cadeiras da AL. Quem vê um leque de vitórias tão avassalador, não acredita que agora, quando se aproxima mais um pleito estadual, uma grande confusão, especulações e indecisões, estejam preocupando as nossas lideranças, e levando à desorientação dirigentes e eleitorado do interior. Essa onda de incertezas, sabemos, chega até a presidente Dilma, cujo interesse pelo Ceará através do governador Cid, é inegável. Some-se a isso uma realidade muito clara: os partidos de oposição não têm condições para ameaçar a aliança governista. A equação para se armar uma chapa vencedora, para quem conhece a situação, tem poucas incógnitas. São três partidos em destaque, PT, PSB e PMDB. Bastaria entregar a candidatura ao governo para um, a de vice para um segundo e a senatoria para um terceiro. O drama, é que todos anseiam pelo quinhão mais importante, a chefia do poder estadual. Mas um complicador, ou seja, a entrada em cena do governador Eduardo Campos (PE) que, mesmo sendo um problema para Dilma, traria, ironicamente, uma solução para o Ceará. Para anulá-lo, a saída seria Eunício para governador; Cid com 1 milhão de votos para deputado federal e Ciro para senador. Pode não ser fácil, mas já vimos “teoremas” mais difíceis serem resolvidos.
• Só mais uma...sobre o assunto: a AL aprovou, ontem, requerimento do deputado Ely Aguiar (PSDC), para que o deputado Eudes seja convidado a prestar explicações. Falta definir a data.
• Preocupação. A respeito da presença do deputado Eudes, a Mesa Diretora da AL terá que cobrar do Colégio de Líderes para que esse não transforme o Plenário da AL em “campo de batalha”.