Foi Definido ontem, na Assembleia Legislativa, os cargos de presidente, vice, relator e sub-relator da Comissão Especial da Seca. Os parlamentares responsáveis pelos cargos, são respectivamente os deputados João Jaime (PSB), Roberto Mesquita (PV), Wellington Landim (PSB) e Leonardo Pinheiro (PSD). colegiado definiu a primeira diretriz, marcando para a próxima segunda-feira, 11, uma reunião em conjunto com o Comitê Integrado de Combate à Seca, que é comandado pelo secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins. De acordo com o deputado João Jaime, a Comissão terá como responsabilidade realizar um relatório para ser entregue ao Governo do Estado, a fim de que se apresente um plano de contingência para cada município. Segundo ainda o socialista, entre essas medidas, está o convite a entidades representativas do setor, como a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, para que apresentem as suas sugestões viáveis. “Mais importante do que ir ao interior é a gente tomar as decisões aqui, e cobrar dos órgãos, medidas que devem ser tomadas e cobrar um plano de contingência. É um absurdo o governo do Estado não ter um plano de contingência, porque é o básico de tudo. O que fazer se houver um colapso? Ninguém sabe”, afirmou, ressaltando que pondera ser “grave não ver por parte do Governo Federal nenhuma iniciativa, nenhum plano de contingência”. Já para o deputado Wellington Landim, o trabalho será de fazer “pressão” aos governos Estadual e Federal, para desburocratizar o sistema e propor soluções definitivas, com cronogramas para serem executados, identificando, por exemplo, quais recursos já se têm o que se vai fazer, e em quanto tempo será concluído, inclusive, para a resolução definitiva, utilizando-se de órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). “Na verdade o Dnocs é importante porque é um exemplo de órgão que contribui para que consigamos ações e projetos. Há um ano foi prometido 1.500 sistemas de abastecimento de água no Estado, pelo Ministério da Integração que poderia ter vindo pelo Denocs e assinado pelo próprio Ministério, mas não saiu do papel. Essa comissão tem um objetivo muito claro, primeiro um diagnóstico bastante apurado para que a gente possa fazer o mais minucioso possível. Propor ações definitivas, porque o que estamos vendo, e temos visto, são ações pontuais que não resolvem, ações paliativas sequenciadas”. SEM ATENÇÃOSobre as críticas que denunciam que o Ceará não tem atenção devida do Governo Federal em relação à seca, o presidente José Albuquerque (PSB) concorda quando se compara com atenção dada aos estados do sul do Brasil. “O Nordeste detém, sim, de credibilidade do Governo Federal, no que se trata da emissão de recursos para combater a seca, mas não temos a atenção que merecíamos”. Para ele, o Governo do Estado tem contribuído para minorar os prejuízos da maior estiagem dos últimos 40 anos, lutando, por exemplo, com Eixão das Águas e Transposição do Rio São Francisco. A Transposição já deveria estar pronta, e nem ficará em 2014, portanto, precisamos dar celeridade a estas ações”. (Rochana Lyvian, da Redação).