Apesar de ter sido adotada como medida paliativa pela Cagece por conta da falta de terceirizados para a medição unitária dos hidrômetros, a cobrança através da média de consumo dos meses anteriores é condenada pelo Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública. O defensor João Ricardo Vieira pondera: “a Cagece está fazendo a média dizendo que é porque não tem como medir. Não pode. Está no Código de Defesa do Consumidor que ele não pode ser cobrado por um produto/serviço que não utilizou. Não é culpa do consumidor que a empresa contratada pela Cagece para medir os hidrômetros tenha se metido em coisas irregulares e, por isso, perdido o contrato. Ele tem que pagar pelo que consumiu.” Ao O POVO, a assessoria da Cagece disse que o método foi autorizado pela Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental de Fortaleza (ACFor). A reportagem não conseguiu confirmar a informação até o fechamento da matéria. “A recomendação é de que o consumidor demonstre sua irresignação contra essa cobrança num dos órgãos de defesa do consumidor”, aponta João Ricardo. (Bruno de Castro) ServiçoReclamações e denúncias Cagece: 0800 275 01 95 ou numa das lojas (endereços em cagece.com.br/lojas-de-atendimento) Procon: rua Major Facundo, 869, Centro, ou (85) 3105 1136 Procon Assembleia: Anexo II da Assembleia Legislativa (cruzamento da rua Barbosa de Freitas com avenida Pontes Vieira) ou 0800 275 27 00 Decon: rua Barão de Aratanha, 100, Centro, ou (85) 3452 4507