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Pelo menos 50 blocos de rua receberão apoio da Prefeitura e entidades privadas para garantirem o pré-carnaval de Fortaleza, nos próximos quatro sábados. A decisão, anunciada, ontem, pelo prefeito Roberto Claúdio e o titular da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) Magela Lima, da conta que, assim como em anos anteriores, cada grupo receberá R$ 6 mil. Devido a ausência de tempo hábil para realizar uma seleção formal que restrinja o financiamento ao uso de recursos públicos, o patrocínio privado foi a saída encontrada pelo Executivo Municipal.
Os custos da festa que a partir de sábado, contará também, com quatro shows no Aterrinho da Praia de Iracema, só será totalmente conhecido, após o encerramento das atividades, segundo o secretário. Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Ambev e Banco do Nordeste são as entidades parceiras, que irão custear os gastos da comemoração. Apesar da ideia, o valor total da festa só será conhecido daqui a aproximadamente um mês, os custos imediatos já serão pagos pelo apoiadores, por contas das permutas que serão garantidas ao longo dos finais de semana.
CRITÉRIOSO pedido para que o apoio aos blocos tivesse continuidade, na atual gestão, de acordo com Magela, foi encaminhado pelos representantes das agremiações ainda no período da transição. Os organizadores, conforme o secretário, diante da impossibilidade de abertura de edital para seleção dos blocos beneficiados, formularam um documento solicitando que a Prefeitura mantivesse o apoio a pelo menos 60 blocos (assim como nos editais dos dois anos anteriores) com ajuda de R$ 6 mil. “A grandeza dos blocos é diferente. Tem bloco que já está consolidado e talvez a quantia não fosse determinante, mas, tem bloco que sem a ajuda nem iria às ruas”, garantiu.
O limite de blocos a serem apoiados é 60, mas, até o momento somente 50 preencheram os quesitos definidos entre a Prefeitura e os próprios dirigentes. Para contar com o investimento, o bloco deve ter sido contemplado nos dois últimos editais de pré-carnaval, ter respeitado as quatro saídas obrigatórias (garantir a ida do bloco às ruas), ter prestado conta com a Prefeitura e ter avaliação bem-sucedida junto aos órgãos de fiscalização da Prefeitura, como Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) e Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Seman).
POLOSA lista de blocos, conforme o secretário, será fechada até sexta-feira (11), já que sábado haverá a primeira saída. Para o mesmo dia está previsto também o primeiro show, no Aterinho, que contará com a cantora paraense Gaby Amarantos. Nas semanas seguintes, apresentam-se Banda Patusco (19), Serjão Loroza (26) e Mariene de Castro (2). As atrações, apesar de estarem com contratos fechados ainda “estão sobre contra-proposta e até segunda ordem podem alterar o valor dos cachês”, conforme Magela.
Outra novidade deste ano é que o pré-carnaval contará com três polos fixos. São eles, Benfica, Praia de Iracema e Praça do Ferreira. A ocupação desses polos será definida nos próximos dias, bem como a programação que norteará o percurso e horário de cada bloco. Os polos contarão com pequenas estruturas que poderão ser usadas para dar continuidade à festa, no encerramento do trajeto. Em relação ao esquema de trânsito e segurança, Magela garantiu que a Prefeitura está dialogando com os órgãos envolvidos (AMC, Etufor, Guarda Municipal e Polícia Militar) que até sexta-feira (11) as operações de funcionamento serão apresentadas.
APOIO BEM-VINDO Para quem comanda a festa na rua, agrega 170 ritmistas e cerca de 30 mil pessoas no cortejo, o apoio é mais que bem-vindo. O argumento é defendido pelo diretor do Bloco Unidos da Cachorra, Farlei Lopes, que desde 2007 anima o pré-carnaval nas proximidades da Praia de Iracema. De acordo com ele, mesmo se a festa não contasse com a ajuda financeira da Prefeitura, pela estrutura do bloco, seria possível custear a atividade. Mas, Farlei não descarta a importância da formalização do apoio.
Já para o diretor do Bloco Cheiro, Waldemir Borges, também comtemplado pela ajuda, sem o apoio “os organizadores passarriam o maior sufoco”. “Nós sobrevivemos da venda de camisas. Mandamos confeccionar 800 para poder pagar as despesas. A ajuda da Prefeitura vai para som e segurança”, explicou. No bloco que reúne cerca de três mil foliões, uma bateria com 90 ritmistas comanda a festa a mais de 20 anos na Capital.