MELHOR ARRUMAR OUTRA DESCULPADe volta ao assunto Ministério Público: a Assembleia do Ceará – como a maioria das casas legislativas pelo Brasil, a propósito – tem discurso prontinho para não instalar CPIs: os órgãos competentes estão investigando. Pois bem, no caso da Cagece, a desculpa foi sacada de novo do bolso do colete, mas não é verdadeira. O Ministério Público do Ceará, conforme O POVO mostrou ontem, não deverá abrir investigação própria sobre possível fraude no contrato com a Allsan. Por enquanto, coloca-se à disposição do Ministério Público de São Paulo que, todavia, não lhe pediu diligência alguma. Assim, nada foi feito. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) é, por enquanto, o único foro de investigação do assunto em terras cearenses. Trata-se de órgão auxiliar da Assembleia, mas sua perspectiva investigativa é bem delimitada, sem natureza de inquérito. No âmbito do possível crime cometido contra o patrimônio público, o povo do Ceará depende do trabalho do Ministério Público de São Paulo para saber se seu dinheiro foi surrupiado.