Os candidatos derrotados no primeiro turno da eleição para prefeito de Fortaleza gastaram, juntos, a bolada de R$ 5,72 milhões na campanha deste ano. O valor, porém, ficou bem abaixo das expectativas de despesas anunciadas em julho, no início da disputa. À época, eles calcularam que as despesas poderiam atingir até R$ 34 milhões.
O balanço foi feito pelo O POVO com base na prestação de contas de campanha dos oito ex-candidatos que não passaram para a segunda etapa da disputa. Os números foram divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB) e seu adversário no segundo turno, Elmano de Freitas (PT) têm até o fim do mês para apresentar o saldo de receita e despesa.
Entre os que já prestaram conta, os que mais gastaram foram Moroni Torgan (DEM) e Inácio Arruda (PCdoB), que terminaram o pleito na terceira e sétima colocação, respectivamente. Moroni diz ter gastado R$ 1,77 milhão, mas sua arrecadação foi de R$ 2,33 milhões – em sua receita, constam R$ 30 mil doados pela Norsa Refrigerantes, que pertence ao ex-senador Tasso Jereissati, cujo partido, o PSDB, teve o candidato Marcos Cals na disputa. Já Inácio afirma ter gastado R$ 1,62 milhão, seguido de Cals (R$ 1,29 milhão) e Heitor Férrer, do PDT (R$ 922,8 mil).
Os mais modestosAs campanhas de volume mais modesto foram a de Renato Roseno, do Psol (R$ 119,7 mil gastos); André Ramos, do PPL (R$ 3,4 mil), e Valdeci Cunha, do PRTB (R$ 747,00). Francisco Gonzaga, do PSTU, disse não ter feito despesas na campanha. As informações completas sobre a prestação de contas podem ser encontradas no site do TSE (www.tse.gov.br). (Hébely Rebouças)