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Sexta, 19 Outubro 2012 07:01

Coluna Política

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    Para além da aprovação e da desaprovação A avaliação da prefeita Luizianne Lins (PT) foi o fator determinante para o fim da aliança entre PT e PSB e, também, para compreender a chegada de Elmano de Freitas (PT) ao segundo turno. Em função do desgaste que as pesquisas apontavam antes da campanha eleitoral, o governador Cid Gomes (PSB) defendeu que o candidato escolhido para representar a então aliança, mesmo indicado pelo PT deveria “inspirar na população” o “sentimento de mudança”. Justamente a ideia central na qual aposta o candidato do PSB neste segundo turno. Na última vez que o Datafolha aferiu a avaliação de Luizianne antes do início da campanha, em novembro de 2010, a prefeita tinha o impressionante índice de 50% de avaliação ruim ou péssima. Já os que consideravam sua gestão como ótima ou boa eram 22%. Esse diagnóstico desolador foi determinante na condução das articulações. No começo da campanha, a aprovação da prefeita estava em patamar ainda inferior: 20%. Mas a boa notícia para ela era que as avaliações ruins ou péssimas haviam caído 11 pontos percentuais e chegado a 39%. Já a quantidade de eleitores que consideravam o desempenho regular saltara de 27% para 40%. Com a campanha na rua, a avaliação da prefeita teve contínua melhora. Agora, pelos números do Datafolha que O POVO divulga hoje, a avaliação positiva parou de subir pela primeira vez desde julho. Mas as opiniões negativas seguiram em queda: 30% para 26%. A propaganda de Elmano apostou na superexposição de Luizianne. A mesma receita fora usada na reeleição da própria prefeita, em 2008, quando a opinião sobre a gestão era considerada muito ruim no início, mas melhorou gradualmente com a propaganda no rádio e na televisão. Mesmo assim, apesar da recuperação, o curioso é que a avaliação da Prefeitura não é das melhores. O percentual dos que consideram a gestão ruim ou péssima está tecnicamente empatado com aqueles que a julgam ótima ou boa. Ainda assim, Elmano está cinco pontos à frente de Roberto Cláudio (PSB) no Datafolha, situação que configura empate técnico. O resultado se deve ao fato de a votação do petista alcançar, neste segundo turno, mesmo os eleitores que não têm opinião das mais favoráveis sobre o trabalho da prefeita. Parte da explicação – mas não toda ela – pode estar no apoio de Lula. Mas a questão se torna ainda mais intrigante diante da avaliação do governador Cid Gomes em Fortaleza. Ela começa a campanha com 45% de ótimo e bom e já atingiu os 54%. O conceito ruim ou péssimo é atribuído por 12% dos eleitores da Capital. Ou seja, o trabalho de Cid é bem visto por quantidade muito maior de fortalezenses que o de Luizianne. Mas essa diferença não se refletiu, até agora, na votação de Roberto Cláudio em relação a Elmano. A INFLUÊNCIA DO GOVERNO DO ESTADOOs resultados da avaliação dos governos mostra que a eleição de Fortaleza não se transformou em plebiscito da gestão Luizianne contra a administração de Cid Gomes. E aí tem se refletido fator histórico, segundo o qual o apoio da máquina municipal tem tradicionalmente mais peso que a estadual em eleições na Capital. Como a coluna lembrou dia desses, dos cinco últimos pleitos, em quatro o candidato de situação saiu vencedor. Mas também é verdadeiro que os governadores que antecederam Cid raramente tiveram avaliações tão favoráveis por parte dos eleitores da Capital. O que está em dúvida é a capacidade de usar esse trunfo para influenciar o voto. Em 2008, Luizianne foi reeleita com o apoio do governador, mas também do Governo Federal, além de ela própria ser a prefeita. Antes disso, a última vez em que o Governo do Estado havia sido protagonista numa eleição vitoriosa em Fortaleza havia sido em 1988. O governador era Tasso Jereissati e o prefeito eleito, Ciro Gomes. A escrita só seria quebrada em 2008. Nesse intervalo, prevaleceu a escrita de que o eleitor de Fortaleza é reativo ao acúmulo de poderes nas mãos do mesmo grupo - mote aproveitado pela candidatura petista, em particular neste segundo turno. Tal sentimento ganhou forma orgânica, pela primeira vez, na própria eleição de 1988. Ao sair vitorioso, Ciro derrotou Edson Silva e o movimento “Fortaleza sim, Cambeba não” - em referência ao bairro que passara a abrigar a sede administrativa do Governo do Estado. Tal mote teve força enquanto a avaliação dos governadores na Capital estavam em baixa. Cid já conseguiu feito inédito de levar o candidato da administração estadual para o segundo turno. Mas, até agora, a vantagem de sua avaliação em relação à de Luizianne não conseguiu se reverter em vantagem correspondente para Roberto Cláudio. Terá pouco mais de uma semana para conseguir isso.
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