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Candidato foi sabatinado, durante 1 hora e meia, por jornalistas, ouvintes e internautas Candidato foi sabatinado, durante 1 hora e meia, por jornalistas, ouvintes e internautas FOTO: SARA MAIA
  Primeiro entrevistado do projeto “A Hora da Verdade”, o candidato do DEM à Prefeitura de Fortaleza, Moroni Torgan, afirmou ontem que é melhor para a Cidade quando não há alinhamento político entre Prefeitura e Governo do Estado. Concorrente pela quarta vez, Moroni é o principal nome cearense do DEM - partido de oposição aos governos Dilma Rousseff (PT), Cid Gomes (PSB) e Luizianne Lins (PT). Para ilustrar sua opinião, Moroni afirmou que na década dos anos 1990, quando Juraci Magalhães (à época no PMDB) era prefeito de Fortaleza e o governador era Tasso Jereissati (PSDB), adversário político de Juraci, Fortaleza foi beneficiada com a concorrência entre os dois. Na opinião do candidato, essa foi uma das épocas de maior desenvolvimento para a Capital. “O resultado foi bom porque houve concorrência”, disse, acrescentando que “não concentrar poder de um lado só é fundamental para a democracia”. Temas como saúde, segurança pública e polêmicas como aborto, legalização de drogas e cotas raciais permearam a entrevista que durou uma hora e meia e foi transmitida pelo portal O POVO Online e pela rádio O POVO/CBN. Confira os melhores trechos. Ruy Lima - Sabemos de sua missão religiosa em Portugal. Mas pouco se sabe sobre os mórmons. Gostaria que o senhor falasse sobre a seita da sua profecia que tem costumes como a proibição de beber álcool, de beber café e de fazer sexo antes do casamento.Moroni Torgan – O nome da igreja não é mórmon. É Igreja de Jesus Cristo. Consequentemente, a doutrina cristã é a doutrina que nós abraçamos. E a igreja é exatamente do jeito que a Igreja de Jesus Cristo está no Novo Testamento. Nós vivemos os mandamentos. Ninguém é obrigado a nada na igreja. Nós só temos os padrões que Jesus Cristo deixou. Não tem proibição, tem recomendação. Toda e qualquer bebida que propicie algum tipo de vício. E a cafeína, todos nós sabemos, é um estimulante. Então temos a recomendação de não fazer, porque é a preservação do corpo, já que no Novo Testamento fica claro que o nosso corpo é o templo de Deus. Então tudo que não foi benéfico que seja evitado. Erick Guimarães – O senhor tem um cargo muito importante na sua igreja. Como o senhor vai conseguir conciliar esta função eclesiástica de tanto peso com sua pretensão de ser prefeito da Cidade?Moroni - (Na igreja) Existem os 70 que são autoridades gerais e esses precisam de maior dedicação. Já os 70 são autoridades de área que são consultados para algumas coisas da igreja. Então, não tem o menor problema para cuidar da Cidade. Inclusive, a igreja respeita muito as missões populares que a gente recebe e incentiva a ter uma dedicação total às missões que a gente recebe. Demitri Túlio: Em vez do senhor ter passado esses três anos em Portugal, porque o senhor não convenceu a igreja a fazer um trabalho de três anos em uma comunidade de Fortaleza?Moroni - Na verdade trabalhei 20 anos nessas comunidades. Não temos que misturar religião com política. Respeitamos todas, porque todas são importantes para fazermos uma cidade melhor. Temos três freios da conduta humana: a família, a educação e a religião. Tenho certeza que vou ser o prefeito que mais vai ter parcerias com religiões em todas as ações. Uma regra que temos na igreja é apoiar e deixar livremente que cada um adore a Deus da sua maneira, sem nenhum tipo de preconceito. Ouvinte: Por que o senhor não ficou em Fortaleza para dar conforto às comunidades carentes de Fortaleza?Moroni - Porque eu recebi uma designação e eu estava sem mandato nenhum. Se eu não tinha mandato nenhum da população, eu estava livre para receber uma designação. Recebi uma designação fora do Ceará e estou de volta porque eu vi que infelizmente os problemas da cidade continuam aumentando. Se eu ficasse aqui eu poderia fazer muito pouco, porque eu não tinha nenhum poder para fazer essas coisas. Erick Guimarães: O senhor é criticado sempre por ter uma vida muito distante da cidade. Nos últimos anos, o senhor vendeu um dos poucos imóveis que tinha aqui (em Fortaleza) e comprou um terreno em Brasília. Por que construir laços mais fortes com Brasília do que com Fortaleza?Moroni - Será que por comprar um terreno em Brasília eu estou construindo laços mais fortes com Brasília? Não estou não. É uma questão simples: a casa que eu tinha aqui no Porto das Dunas me dava despesas. O terreno lá (em Brasília) não me dá despesas e é um bom investimento. O único apartamento que eu tenho na vida está aqui, há 25 anos no mesmo endereço. Meus laços com Fortaleza estão no momento em que eu cumpri as missões que o povo fortalezense me deu. Quando eu tive a missão de enfrentar os pistoleiros aqui, enfrentei. Quando tive a missão de ir à Brasília enfrentar o crime organizado, enfrentei. Quando tive a missão de enfrentar a exploração de crianças e adolescentes eu fui até o fim. Quando tive a missão de enfrentar o tráfico de armas também. Érico Firmo: Nos últimos 14 anos, sempre alguma coisa o afastou de Fortaleza. Insclusive quando o senhor foi ser assessor de DEM em Brasília. Gostaria de discutir essa falta de vivência com Fortaleza.Moroni - Tirando o tempo em que eu estava em missão religiosa, eu sempre andei na periferia da Cidade. Fui o único que perdeu uma eleição e depois voltou em todos os lugares para agradecer aos votos que teve. Erick - Em 1997, com a eclosão do caso França, o Sindes (Sistema Integrado de Defesa Social) foi praticamente desarticulado. Se o sucesso era tão grande, por que a estrutura foi desmontada?Moroni - Na política existem coisas que a gente não entende. E eu até hoje não entendi, talvez em dia eu vá entender. Demitri - Mas qual foi a explicação do governador (Tasso Jereissati) para o senhor?Moroni - Houve uma divergência. O governador disse: “A área de Segurança e de Justiça vai ser tua”. E quando houve a divergência ele quis interferir na área de Segurança e Justiça. Estava no direito dele, mas naquele momento eu não tinha mais responsabilidade com isso Érico - O senhor pode revelar qual foi essa divergência?Moroni - Não, não posso. Erick - Em 2004, o então senador Tasso Jereissati deu uma declaração muito dura ao O POVO, dizendo: “O Moroni sabe o que eu penso dele. A turma que está atrás do Moroni não tem condições de estar na Prefeitura de Fortaleza. É uma turma da pesada, da repressão, que compactuou com os piores momentos da Polícia”. Que turma era essa?Moroni - Não sei. Aí tem que pedir explicações para o ex-governador, não pra mim. Minha turma é uma turma honesta, competente, que até hoje mostra que tem mãos limpas. Demitri - O Tasso foi injusto com o senhor?Moroni - Prefiro não emitir juízo. Essa é uma questão pessoal entre eu e ele. Érico - Em 2004, conversei com Cândido Vargas Freire, que foi secretário de Segurança e ele disse que seu papel na investigação do Caso França foi “nada, nada, nada. Nem se ouvia o nome dele”. Queria ouvi-lo sobre isso.Moroni - No Caso França fizeram tanta história que depois que espremeu mesmo não saiu grande coisa. Quem é que descobriu o Caso França? Foi o Sindes. Tanto é que quem chamou a Procuradoria para investigar fui eu. Demitri - Me perdoe, mas não foi o Sindes. O Caso França foi descoberto em Maracanaú, em um depoimento que o França deu lá. Ele tinha dado depoimento seis meses antes ao delegado geral. Esse material foi para o governo e ficou seis meses parado. O senhor instaurou...Moroni - Instaurei uma comissão e chamei o Ministério Público e a OAB para fazer parte dessa comissão. Depois de tudo isso, espremeu e deu o quê? Fizeram muita história e o que precisava fazer nesse sentido era uma coisa mais discreta para justamente poder investigar a fundo. Ouvinte - Como seria o Réveillon caso o senhor seja eleito?Moroni - O Réveillon será um espetáculo. Eu apoio a forma como o Réveillon é feito atualmente. Agora nós temos que buscar muita parceria privada, porque é uma festa que dá um retorno publicitário incrível. Se nós formos competentes vamos fazer essas festas com pouco dinheiro público e a iniciativa privada vai basicamente bancar essas festas até com mais fogos, shows e coisas assim. Érico – O senhor disse em entrevista na rádio O POVO/CBN que não iria priorizar festas. O senhor dará o mesmo tratamento de incentivo a Parada Gay e outras festas religiosas?Moroni - Não tenho preconceito, mas respeito todas as pessoas. Tenho repetido a frase da Madre Teresa de Calcutá: “Quem perde muito tempo julgando não tem tempo pra amar”. Érico – Como resolver a relação de dependência de Fortaleza com os recursos estaduais e federais?Moroni - A relação não pode ser de dependência, mas tem que ser de concorrência. Quando todo mundo está alinhadinho, parece que um tem que dizer amém pro outro. Agora quando está desalinhado o tratamento é outro. Eu me lembro quando Juraci era de um lado e Tasso de outro. Foi o momento que mais obras teve, mais desenvolvimento teve, porque houve concorrência. O resultado pra população foi bom. Demitri - O senhor é a favor da liberação da maconha?Moroni - Se fosse liberar maconha tinha que liberar cocaína, heroína, porque se deixar proibida uma sempre vai ter esse tipo de problema. Ouvinte – Sou gay e um amigo meu gay foi expulso da sua igreja.Moroni - A igreja não expulsa. Pode entrar a hora que quiser. A igreja não expulsou, tenho certeza disso. Ele pode ir comigo que não vai ser expulso e pode ir sem mim também. Érico – Como reagiria se tivesse filho gay?Moroni - Conversaria muito com ele, orientaria e amaria sempre. Ouvinte – Quais os elogios que o senhor faz à gestão Luizianne Lins (PT)? Qual projeto o senhor dará continuidade?Moroni - O Vila do Mar tem que continuar. O projeto de construção de casas tem que ser continuado. A merenda escolar melhorou muito. Fardamento foi bom. Infelizmente o aprendizado tá ruim. Tarifa social é algo bom e tem que continuar. Nunca disse que nada foi feito em Fortaleza, o que eu disse foi que o que foi feito não foi suficiente para superar os graves problemas da cidade. Internauta – Quem pagava seu salário quando o senhor estava em Portugal? O senhor recebe salário como ex-vice governador?Moroni - Não, sou aposentado da Polícia Federal, daí vem o meu salário. Ex-vice governador não recebe remuneração. (...) A igreja custeava a despesa que eu tinha lá, eu não recebia salário. Érico – Com que idade o senhor aposentou?Moroni - 54 anos. Érico - Geralmente a aposentadoria vem com 65 anos, pela legislação atual, ou 35 anos de serviço.Moroni - Antigamente se começava a trabalhar mais cedo. Eu comecei a trabalhar muito cedo. A aposentadoria conta a aposentadoria de delegado de um jeito e meu tempo anterior de outro jeito. Desde os 14 anos que eu trabalho. Quem ENTENDA A NOTÍCIA Delegado aposentado da Polícia Federal, Moroni Bing Torgan tem 55 anos. Foi vice-governador do Ceará no segundo governo de Tasso Jereissati (1995 e 1988). Acumulou a função de secretário estadual de Segurança Pública. Foi deputado federal por três legislaturas. Disputa pela quarta vez a Prefeitura de Fortaleza. Bastidores Moroni chegou à Redação do O POVO às 10h10min, com vinte minutos de antecedência. Ele estava acompanhado de três assessores. O vice de Moroni, Lineu Jucá, só chegou 10h30min, hora em que a entrevista começou. Nos minutos que antecederam a sabatina, Moroni falou sobre o andamento do período eleitoral. Ele garante estar confiante na estabilidade dos índices dos candidatos para as próximas pesquisas, mas evita palpites para o segundo turno. Moroni minimizou o acirramento da campanha eleitoral. Ele avalia que, até agora, o processo ainda permanece tranquilo. “A vibração está começando só agora”, disse. Indagado se teria aspectos positivos a ressaltar na gestão da prefeita Luizianne Lins (PT), Moroni disse que reconhece alguns avanços e citou o Vila do Mar, a construção de casas e a tarifa social de ônibus. Disse ainda que a merenda e o fardamento escolar dos alunos são de boa qualidade O candidato explicou que pretende atrair patrocínios de empresas privadas para custear as festas da Prefeitura. Garantiu ainda que, se eleito, a Parada Pela Diversidade Sexual – popularmente conhecida como Parada Gay - terá o mesmo tratamento dado a outros eventos Mediador Ruy Lima trabalha na TV O Povo há cinco anos, onde comanda o Grande Debate e o programa Memória Viva. Na rádio O Povo/CBN apresenta o programa Debates do Povo. Foi repórter e diretor de jornalismo da TV Manchete e da TV Jangadeiro, em Fortaleza. Foi chefe de redação e editor do Jornal Nacional da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Em política, participou como repórter da cobertura da queda das ditaduras no Chile, no Paraguai, no Uruguai, na Argentina e no Brasil. Entrevistadores Érico Firmo é titular da coluna Política desde 2011. Antes, escreveu a coluna Menu Político, aos domingos, por cinco anos. É também editor adjunto do Núcleo de Conjuntura desde 2007. Aos 30 anos de idade, há oito escreve sobre política nas páginas do O POVO. Participa neste ano de sua quinta cobertura de eleições.Povo, da rádio OPOVO/CBN. É comentarista político. O jornalista Erick Guimarães é diretor adjunto da Redação e está no O POVO há 15 anos. Desde 2000, acompanha os bastidores da política cearense. Já foi repórter de Cidades e de Política, editor e colunista de Política. Também apresentou programas de entrevistas na rádio O POVO/CBN e na TV O POVO. Além de dirigir a Redação do O POVO, atualmente publica suas análises no blog Segunda Leitura (blogs.opovo.com.br/segundaleitura). Demitri Túlio é atualmente editor, colunista (Das Antigas) e repórter especial do O POVO. Na época em que Moroni Torgan foi vice-governador de Tasso Jereissati, entre 1995-1998, o jornalista atuou como repórter de Cidades e, depois, chefe de reportagem do jornal onde trabalha há 16 anos. Na época, fez parte da equipe que cobriu o Caso França. Série de denúncias feitas pelo agente João Alves de França que desestruturou a cúpula da Segurança Pública no Ceará. Multimídia Confira a íntegra da entrevista no portal O POVO Online, em www.opovo.com.br O projeto “A Hora da Verdade” é transmitido pela rádioO POVO/CBN AM 1010 e portal O POVO Online Ouvintes podem participar, enviando perguntas pelo telefone (085) 3066.4030 Acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no facebook (facebook.com/OPovoOnline) e no portal O Povo Online NÚMEROS 1010AMÉ o prefixo da rádio O POVO/CBN, que transmite as entrevistas 1h30MIN É o tempo de duração do programa, que começa às 10h30min Candidato de hoje Seguindo a ordem definida pela última pesquisa O POVO/Datafolha, o convidado de hoje do projeto “A Hora da Verdade” é Roberto Cláudio (PSB). Assim como ontem, a entrevista de hoje começa às 10h30min e vai até 12h. Pode ser acompanhada pela rádio O POVO/CBN e pelo Portal O POVO Online. O candidato do PSB será sabatinado pelos jornalistas Erivaldo Carvalho, editor-adjunto do Núcleo de Conjuntura, Felipe Araújo, editor-chefe de Cultura e Entretenimento, e Plínio Bortolotti, diretor Institucional do Grupo de Comunicação O POVO. A mediação será feita pelo jornalista Ruy Lima. O leitor pode contribuir com questionamentos. Basta enviar perguntas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., indicando o candidato a quem você pretende fazer a indagação.
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