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Quinta, 23 Agosto 2012 05:59

Coluna Política

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  O óbvio ululanteO que chamou atenção no primeiro horário eleitoral, exibido na tarde de ontem, foi a mesmice quase generalizada, a falta de originalidade, os formatos pasteurizados, os clichês. Particularmente surpreendente no caso dos candidatos de PT e PSB, que projetam gastos milionários e contrataram marqueteiros renomados. Até agora, ficou a impressão de gato por lebre. Para dois candidatos que precisam subir muito e rápido, foram programas quadrados. Corretos tecnicamente, é verdade. Esteticamente assépticos. Mas, para fazer o óbvio, não havia necessidade de buscar grifes famosas. Duda Mendonça e Manoel Canabarro, respectivos marqueteiros das duas campanhas, foram sócios e trabalharam juntos. Era de se esperar que houvesse semelhanças. Mas o padrão é tão clichê que as estruturas narrativas de Elmano de Freitas e Roberto Cláudio foram praticamente as mesmas. O que houve de minimamente original foi o discurso editado em tom de rap que fechou o programa de Elmano. Mas o vídeo está no ar há pelo menos um mês no Facebook. Fator surpresa foi zero. Se as candidaturas mais ricas não mostraram praticamente nada de novo, era natural que a mesmice se refletisse na turma com menos dinheiro. A exceção acabou sendo Marcos Cals (PSDB). Diante do cenário colocado, foi o programa mais original. Começou ironizando o tempo gasto pelos outros candidatos com músicas e “bla bla bla”. Ajudou, inclusive, a compensar o pouco tempo de que dispõe. Na sequência, usou pessoas comuns para contar sua história, fugindo do padrão seguido pelos adversários. Além disso, foi dos poucos que ainda conseguiu apresentar propostas. E ainda recorreu a link com Bogotá. Para a mesma campanha que outro dia apresentou um ônibus meio rústico como comitê, foi baita avanço. PERFIS DISTINTOSClaro que os programas de Elmano e Roberto Cláudio tinham mesmo era de apresentar os dois quase desconhecidos. E os gênios do marketing contratados para isso não conseguiram saída criativas para fazê-lo. Com o óbvio, não foram mal - também era só o que faltava, para quem gasta muito e aposta tudo na televisão. Os formatos foram idênticos, como que saídos da mesma linha de montagem. Mas os perfis explorados são distintos, porque ajustados aos respectivos candidatos, obviamente. Dentro desse convencionalismo, ambos foram bem. O de Roberto Cláudio conseguiu expor com didatismo a profundidade de sua qualificação, sua formação, voltada para o tema-chave: a saúde. Elmano foi em linha bem diferente. Não deixou de citar o trabalho como advogado, a atuação nos principais tribunais de Brasília, mas reforçou, sobretudo, o vínculo com o povo. No discurso mostrado em ritmo de rap, no fim do programa, quando falou que não há mestrado ou doutorado que ensinem a cuidar das pessoas, não deixou de dar resposta a Roberto Cláudio. No rádio, contudo, a história do petista foi apresentada em versão compacta e, em comparação com Roberto Cláudio, deu a impressão de trajetória mais tímida. Na TV, essa percepção não se repetiu. Já o programa do PSB, sobretudo na TV, do meio para o fim, pareceu ter dificuldade para ocupar todo o tempo disponível. Abusou da música - e não é lá um jingle notável. Pareceu dar voltas em certo momento. Acabou cansativo. No caso de Elmano, o fato de não usar seu jingle- igualmente fraquinho - contou a seu favor. LUIZIANNE E APOIOS NA MEDIDAO que o programa de Elmano teve de bom foi a correção de muitas das falhas até então cometidas na campanha. A maior delas: Elmano foi protagonista. Os apoios foram usados na medida certa, como o complemento que precisam ser, mas sem tomar o lugar do candidato. E Luizianne foi muito bem aproveitada, ao contrário do programa dos vereadores. Escondê-la seria monumental erro. Há vários exemplos de candidatos governistas que tentaram ocultar os padrinhos e quase todos deram com os burros n’água. Até o riacho Pajeú sabe que a prefeita está desgastada, mas seu índice de aprovação ainda é mais do triplo das intenções de voto de Elmano. Esse é a primeira adesão que o petista tem de conseguir, e ainda não atraiu a maior parte. Além disso, se a prefeita tem uma qualidade inegável é sua capacidade de comunicação. Ontem, seu discurso foi exato: falou do que realizou e apontou para o futuro. O desempenho do PT está diretamente atrelado à imagem dela. No programa da noite, a dosagem entre os apoios e o protagonismo do candidato não foi tão exata. HORÁRIO ELEITORAL EM NOTASPrograma de Heitor Férrer (PDT) repetiu estética usada por Duda Mendonça na campanha de Lula, em 2002, com grupos de estudo. No rádio, PDT cometeu erro primário. Reproduziu apenas o áudio. Eleitor ficava sem saber quem era aquele senhor que dizia que gostaria de votar em Fortaleza – era o senador Cristovam Buarque. Mais difícil ainda identificar aquele que, na TV, o colunista descobriu se tratar do vice, Alexandre Pereira. O candidato do DEM também se inspirou em Lula e adotou o slogan: “Agora é Moroni”. Para reforçar, disse que é candidato pela quarta vez. O jingle de Moroni é o melhor. Ao menos o mais diferente. Funcionou, sobretudo no rádio. Na TV, aparentou baixa qualidade técnica. Programa de Inácio Arruda (PCdoB) foi menos criativo que o dos candidatos a vereador do partido, no dia anterior. Programa de Renato Roseno (Psol) enfatizou o mote: “Nada é impossível de mudar”. Em um minuto, conseguiu ficar repetitivo. Para quem tem tempo tão curto, Valdeci ainda gastou alguns segundos para dizer que Fortaleza é capital do Ceará. Gordura no texto.
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