Faltando pouco para as convenções partidárias - no período definido pela Justiça Eleitoral entre 20 de julho e 5 de agosto -, um dos desafios colocados aos partidos é escolher os candidatos nas eleições gerais de outubro próximo, principalmente, para os cargos de deputado estadual e federal. De olho em eleger o maior número de representantes, dirigentes de grandes legendas no Estado dão preferência aos que já são detentores de mandato e com poder de atração de voto, deixando em segundo plano candidaturas novas.
Conforme a legislação eleitoral, o total de candidatos por partido ou coligação deve ser a totalidade das vagas em disputa mais 50%. Ou seja, no caso da Assembleia, que possui 46 cadeiras, as legendas e blocos no pleito deste ano devem lançar até 69 postulantes. Obrigatoriamente, pelo menos 30% das candidaturas (21) devem ser de mulheres. Já na Câmara Federal, onde o Ceará tem 22 assentos, os partidos e coligações deverão lançar chapas com até 33 candidatos.
Acontece que até as convenções, quando são definidas as chapas e coligações, vários são os filiados que disponibilizam os seus nomes para concorrer a um cargo eletivo, principalmente, nas eleições para Assembleia e Câmara. O desafio para os dirigentes e lideranças dos partidos, então, é escolher quem serão os candidatos.
Esforço
Para siglas pequenas, como o Podemos, por exemplo, a prioridade é registrar o maior número de candidaturas, mesmo que não sejam competitivos e não saiam vitoriosos, visando atingir o quociente eleitoral pelo voto de legenda e conquistar uma vaga que seja para a sua coligação.
Esse esforço matemático também é visto entre partidos grandes, de modo diferente. Eles visam, prioritariamente, nomes com densidade eleitoral que possam entrar na disputa e vencê-la, de olho na manutenção e ampliação das vagas conquistadas.
Para todos os grupos de partidos, as eleições deste ano têm significação importante porque será o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados que ditará a força de cada agremiação. Já em relação aos partidos pequenos, do número mínimo de deputados dependerá a sobrevivência no cenário nacional.