A fala do presidente Em oito minutos de retórica, o deputado Roberto Cláudio resumiu, num pronunciamento com apartes suprapartidários e que durou cerca de uma hora, os princípios da sua postulação à Prefeitura de Fortaleza. Fez um discurso sereno, pacífico e, ao mesmo tempo revelador, de político fadado a fazer história de mãos dadas com a sociedade, evidenciando a mudança do clima que considera indispensável ao tranquilo desenrolar da disputa sucessória, pautado no compromisso de governar com humanismo uma cidade de 2,5 milhão de habitantes. Prestou contas das suas realizações, ateve-se ao processo da sua escolha como candidato amparado por uma aliança de 14 partidos sem atacar adversários para crescer no conceito do eleitor, justificando a sua candidatura como uma nova missão partidária e pessoal “que me dá enorme privilégio e que não é mais partidária. Virou uma missão que pudesse evocar a cidadania do povo de Fortaleza, que pudesse estabelecer uma relação franca com a urbe e que pudesse, sobretudo, unir a diversidade dos seus habitantes com o objetivo de construir um novo projeto administrativo”. Na sua fala, o deputado Roberto Cláudio não só apresentou as suas credenciais para governar Fortaleza. Ele mostrou-se apto e decidido a enfrentar os desafios da disputa sucessória com a autoridade e a credibilidade de um homem público limpo e compromissado com os anseios da comunidade. Ficou patente a sua capacidade e o seu poder de convencimento quando expõe suas ideias, tornando-se adversário difícil de ser vencido em qualquer debate público. A sua condição de médico sanitarista é extremamente, favorável ao desempenho de um cargo que vem sendo ocupado por lideranças políticas, e não por técnicos especializados como ele, no principal quesito de uma sobrevivência humana, digna e igualitária para pobres e ricos. • Elegância. Concorrente na disputa sucessória, em Fortaleza, do deputado Roberto Cláudio, o deputado Fernando Hugo, PSDB, cedeu o seu tempo de 15 minutos, ontem, para o pronunciamento do candidato do PSB. • Fica. A propósito, o presidente da AL, 14 minutos diários na TV, terá mais tempo do que os seus adversários para expor o seu programa. E vai disputar as eleições no cargo, nas mesmas condições de outros postulantes que não se afastaram.