O prefeito Roberto Cláudio estuda um “arranjo público-privado”, para manter os investimentos na capital cearense, diante da recessão econômica vivenciada pelo País. “Estamos com estudo de diversos arranjos público-privados – concessões, PPPs, operações urbanas consorciadas, projetos especiais -, enfim, utilizar o Plano Diretor e as nossas legislações urbanas para poder atrair mais investimentos de médio e grande porte para cidade de Fortaleza”, ressaltou ele, antes da cerimônia de diplomação para o cargo, no Centro de Eventos do Ceará.
RC disse ainda que a ideia é integrar o interesse privado com o público, utilizando diversas ações urbanísticas disponíveis pela administração municipal. “É uma nova visão de trabalho para a cidade”, frisou ele, acrescentando que o assunto já entra na pauta de discussão logo no início do ano. Segundo ele, as previsões para o próximo anos não são animadoras e, portanto, o Município precisa se preparar já no início do ano para garantir o pagamento dos servidores, a antecipação do 13º em julho, além dos investimentos e manutenção dos serviços públicos.
À imprensa, o Prefeito afirmou que pretende anunciar as mudanças no seu secretariado até a próxima sexta-feira (23). “É possível que eu mantenha parte da equipe, mude funções e traga novas pessoas, mas sempre com a ideia que este é um novo governo. Mesmo para quem fica, com novos compromissos e novas metas”, salientou, revelando que as prioridades em 2017, são: saúde, geração de emprego e segurança pública – essa, porém, ficará sob o comando do vice-prefeito, Moroni Torgan (DEM). Inclusive, revelou que as ações será articulada em conjunto com o Governo Federal e Estadual por meio de um conselho, também presidido por Moroni.
Também foram diplomados os 43 vereadores eleitos, o prefeito Roberto Cláudio e o vice Moroni Torgan. A cerimônia marca o encerramento do processo eleitoral, que começa com as convenções partidárias, passa pelo período de campanha e termina com o julgamento das contas declaradas pelas candidaturas.
O documento habilita os candidatos a tomar posse no dia 1º de janeiro de 2017. Ao receber o diploma, RC agradeceu à plateia. O documento, inclusive, foi entregue pelo seu pai, ex-reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Roberto Cláudio Frota Bezerra; sua esposa, Carol Bezerra, e filhas, atendendo pedido do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, desembargador Abelardo Benevides Moraes.
Municípios
Antes da cerimônia, o desembargador destacou, que, apesar das mudanças na legislação, que reduziram o tempo e os gastos de campanha, a eleição foi um sucesso e funcionou sem interrupções. Abelardo Benevides falou ainda sobre a indefinição em algumas municípios cearenses. Isso porque a Justiça Eleitoral não julgou a tempo os recursos dos candidatos indeferidos que venceram a disputa por essas prefeituras. O desembargador lembrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fez uma força-tarefa, priorizando esses casos, mas não conseguiu zerar a pauta. Sem dar detalhes, ele afirmou ser “provável” haver eleições suplementares logo no início de 2017. Ontem, o TSE manteve a decisão do TRE no caso do município de Tianguá, mas há recurso. Também aguardam julgamento as cidades de Saboeiro, Barros e Santa Quitéria.
Bastidores
A cerimônia de diplomação do prefeito e dos vereadores eleitos na capital cearense teve um momento em que parte da plateia puxou gritos de “Fora, Temer”. O vereador Plácido Filho (PSDB), porém, foi vaiado. O coro foi feito quando o parlamentar eleito fez menção ao nome do juiz Sérgio Moro, juiz responsável pela Operação Lava Jato, após receber o diploma para assumir o mandato.
O governador Camilo Santana participou do evento. Ele chegou acompanhado do prefeito Roberto Cláudio. À imprensa, o petista falou sobre a proposta de gastos públicos encaminhada à Assembleia Legislativa e tratou de rebater a comparação a matéria aprovada pelo Governo Federal. “A grande diferença é que a União restringiu investimento, investimento está fora. Nós preservamos na nossa proposta educação e saúde que são as áreas básicas da população. São duas diferenças enormes”, frisou.