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Coluna Fernando Maia - QR Code Friendly
Terça, 06 Dezembro 2016 06:30

Coluna Fernando Maia

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Palavras agregadas        O deputado Carlos Matos (PSDB), indagado sobre as trapalhadas no Congresso Nacional, afirmava que isso só acontece porque o Brasil, exceções à parte, “tem hoje a pior classe política da nossa História”. Quem acompanha a evolução do processo da corrupção no País, com destaque nas últimas duas décadas, é obrigado a dar razão ao deputado, assim como ao editor do jornal berlinense Frontera Latina, ao analisar os desmandos em países da América do Sul, afirmando que no Brasil, a política e a corrupção “acabaram se tornando palavras agregadas”. Hoje, no nosso país, tanto a sociedade quanto os profissionais da imprensa, se sentem saturados diante de notícias diárias que não são mais novidade, sobre desvios de verbas, superfaturamento de obras e outros crimes, por políticas que o povo elegeu para protegê-lo. Em vez disso, a maioria, principalmente legisladores, comete crimes em sequência como se o contexto seja obrigado a aceitá-los como normalidade social, o que, na verdade é fruto de uma formação doentia e de uma legislação defasada e complacente com essas ilegalidades.   Tal situação só poderia produzir resultados calamitosos, em um país perfeitamente viável, face à sua grandeza e fontes naturais de recursos que ainda resistem a cruel violência dos seus habitantes. Segundo dados estatísticos referentes a 2012, até o final daquele ano, ou seja, há quatro anos, haviam sido desviados dos cofres brasileiros R$ 720 bilhões, ou seja, R$ 82 bilhões por ano. O brasileiro precisa ter consciência de uma verdade inexorável: não existe sistema que resista à convivência com maus cidadãos. No nosso caso, a falta de qualidade individual dos políticos, com certeza, faz a diferença.   Tentativa Ainda sob os efeitos da eleição da Mesa, o presidente Zezinho Albuquerque reuniu, ontem, em almoço, todos os deputados que o apoiaram. Queria saber “de que tamanho ficou a base”, que, a seu ver, cresceu.   Mais dois? Antes desse almoço, o deputado Júlio César (PDT), vice-líder do Governo assegurava que os peemedebistas Agenor Neto e Audic Mota não só votaram em Zezinho, mas “são da base”…   Vai “inchar” Para o deputado Fernando Hugo (PP), se o réu presidente do Senado, insistir em votar os despautérios da Câmara, “as manifestações da sociedade nas ruas vão inchar e duplicar”.
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