A aliança entre o PSB de Heitor Férrer e a Rede de Dimas Oliveira foi oficializada ontem, em coletiva na Assembleia Legislativa
FOTO: AURÉLIO ALVES /ESPECIAL PARA O POVO
Em coletiva que confirmou a aliança entre Rede e Heitor Férrer (PSB), para a campanha à Prefeitura de Fortaleza, o pré-candidato fechou a chapa com Dimas Oliveira (Rede) como candidato à vice-prefeito, ontem na Assembleia Legislativa, e reconheceu que não fará campanha de muitas alianças ao descartar ser candidato de “sopa de letrinhas”.
Ao explicar como se dará sua campanha em horários eleitorais no rádio e televisão, Heitor disse que “todos buscam sopa de letrinhas para angariar tempo” e observou que não terá uma. “Temos dois partidos. O tempo é limitado, mas nós vamos nos desdobrar, nos reinventar para estabelecer uma comunicação muito franca com a cidade de Fortaleza, com os eleitores, cidadãos”, contou Heitor, que chegou a procurar partidos como PSDB, Solidariedade e PRB, mas acabou sendo preterido por todos.
O pré-candidato destacou ainda o investimento em políticas públicas para melhorias na segurança do Município, em seu projeto de campanha. Para ele, não basta apostar na ação da polícia, somente.
“A polícia é como dipirona num caso infeccioso. Ela até alivia (os sintomas) por quatro horas, mas o problema volta depois, com mais força”. Segundo o deputado estadual, os “remédios” a serem administrados para uma Fortaleza “que figura entre as cidades mais violentes do país e do mundo” seriam investimentos na qualidade da educação, saúde e infraestrutura.
“Se você faz isso, meu amigo, você evita que o corpo pegue infecção. Você não precisa usar a dipirona. Nosso desejo é que, com implementação de políticas de segurança pública municipal, a policia não seja acionada - porque reina a paz”, completou.
O pré-candidato a vice
Até pouco pré-candidato a prefeito pela Rede Sustentabilidade, Dimas Oliveira, presidente estadual da sigla, não vê indícios de pressa na formação da chapa nem redução de “protagonismo” de seu partido na escolha da vice-prefeitura ao lado de Heitor.
“A Rede considera fundamental criar condições objetivas e colocar pessoas decentes no governo. Necessariamente não precisamos estar capitaneando o processo. O protagonismo tem que ser das pessoas decentes. Se a Rede for secundária do que é bom, já está na frente”, avaliou Dimas.
Após reações contrárias da vereadora Toinha da Rocha (Rede) à aliança, Dimas Oliveira afirma que “é natural” a posição da correligionária.
“Um partido que fosse monocrático, de só uma posição, não seria partido, não seria organização. Isso, na realidade, não reflete fragilidade, mas força de uma organização. Só existe unidade nos partidos do leste europeu, na época debaixo da cama com o Partido Comunista Chinês - e o Cubano - que as pessoas vão pras masmorras e são expulsas do partido. Para a Rede, é bem-vinda a discordância. Isso não é um problema”, argumentou.
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